Sete pessoas – cinco civis e dois membros das forças de segurança – morreram nesta quinta-feira em um ataque a um restaurante na praia de Mogadíscio cometido por rebeldes shebab, anunciaram fontes oficiais.

Durante o ataque dois dos criminosos também morreram, indicou a fonte.

“Nove pessoas morreram no ataque, entre elas dois atacantes shebab”, disse à AFP o porta-voz da cidade de Mogadíscio, Abdifatah Halane.

“Os criminosos foram abatidos e o restaurante está sob controle dos soldados do governo”, afirmou o coronel Bishaar, comandante da polícia para a região administrativa de Banadir, que inclui Mogadíscio.

“No ataque terrorista nove pessoas morreram, entre elas cinco civis, dois membros das forças de segurança e os dois outros pertencem à milícia shebab que lançou o ataque”, acrescentou em declarações à Somali National News Agency (SONNA), a agência de notícias nacional da Somália.

Um terceiro membro do comando, suspeito de ter detonado o carro-bomba, foi capturado ferido, acrescentou a fonte, que informou sobre outras duas pessoas feridas.

O ataque, registrado na noite de quinta-feira, começou com a explosão de um veículo que estava próximo ao local.

Depois houve uma troca de tiros entre as forças somalis e os criminosos entrincheirados no estabelecimento, um local muito popular da praia do Lido.

Na quinta-feira, vários meios de comunicação on-line somalis informaram que os islamitas shebab haviam reivindicado o ataque, ressaltando que um comando do grupo conseguiu entrar no estabelecimento, que é frequentado por casais jovens e por oficiais somalis.

Nesta semana os insurgentes islamitas shebab reivindicaram um ataque no qual ao menos dez pessoas morreram.

Diante de uma potência de fogo superior, da força da União Africana na Somália (Amisom), mobilizada em 2007, os shebab foram expulsos de Mogadíscio em agosto de 2011.

Depois perderam seus principais redutos, mas seguem controlando vastas zonas rurais de onde realizam operações de guerrilha e atentados suicidas, às vezes até na capital, contra os símbolos do frágil governo somali ou contra a Amisom.

A Somália, afundada no caos e na guerra civil desde a queda em 1991 do governo do presidente Siad Barre, organizará eleições em setembro e outubro.