Luiz Carlos Bezerra, ex-assessor do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal que entregou dinheiro de propina para Régis Fichtner, que foi secretário estadual da Casa Civil em dois períodos durante a gestão de Cabral (2007-2014).

Bezerra contou ter entregue “quatro ou cinco” remessas de R$ 100 mil a Fichtner, entre 2013 e 2014. O dinheiro teria sido entregue no próprio Palácio Guanabara, sede do governo do Estado, em Laranjeiras (zona sul do Rio), e no escritório de advocacia do qual Fichtner é sócio.

Conforme Bezerra, nas negociações de propina, o chefe da Casa Civil do Estado do Rio era identificado pelos apelidos “Gaúcho” e “Alemão”.

Bezerra foi preso preventivamente no âmbito da Operação Calicute por suposta participação em esquema de corrupção durante a gestão do peemedebista. Em depoimentos anteriores à Justiça Federal, ele reconheceu que fazia o transporte de valores da rede montada por Cabral desde 2010, na campanha pela reeleição. A partir de 2011, a movimentação de recursos continuou, já sem relação com a campanha.

Resposta

Em nota, Régis Fichtner classificou a acusação de Bezerra como “leviana e mentirosa”. “Regis Fichtner nunca recebeu qualquer vantagem financeira indevida de quem quer que seja. Pelo contrário, pode comprovar que perdeu patrimônio no período em que se retirou do escritório de advocacia para atuar exclusivamente no setor público”, diz o texto. “Até o momento, Régis não foi contatado pelas autoridades para tratar do tema, mas reforça que está e sempre estará à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos”, afirma a nota divulgada pela assessoria do ex-secretário estadual da Casa Civil do Rio.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias