São Paulo, 28 – A assembleia de credores da Renuka do Brasil não foi instalada nesta sexta-feira, 28, em razão da falta de quórum mínimo. Assim, uma nova reunião para discutir o plano de recuperação judicial da empresa deve ocorrer em 12 de maio, independentemente da quantidade de participantes. De acordo com uma fonte ligada à companhia, o grupo sucroenergético ainda deve sugerir a venda da Usina Revati, em Brejo Alegre (SP), como uma Unidade Produtiva Isolada (UPI), e não mais a Usina Madhu, em Promissão (SP), que chegou a ser colocada em leilão, mas teve todo o processo suspenso pela Justiça após pedido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A UPI prevê um negócio sem pendências para o comprador.

O processo de recuperação judicial da Renuka do Brasil se arrasta desde outubro de 2015. No ano passado, os credores aprovaram um plano que previa a venda da Usina Madhu. A unidade foi a leilão em dezembro por R$ 700 milhões, mas não atraiu interessados. Para janeiro estava previsto outro leilão, com lances livres, só que o BNDES pediu a suspensão do pregão, por ser titular das garantias hipotecárias. Desde então, a companhia tenta marcar outras assembleias para tratar da situação da empresa, que tem dívida estimada em R$ 2 bilhões.

Ambas as unidades da companhia podem processar mais de 10,5 milhões de toneladas de cana por temporada. Juntamente com a Renuka Vale do Ivaí, que tem duas usinas no Paraná, a Renuka do Brasil é controlada pela indiana Shree Renuka Sugars, que tem capital aberto na Bolsa de Mumbai, no país asiático.


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