Um “grand pas-de-deux”, concebido para provocar o diálogo entre o balé clássico e a dança de rua contemporânea. Assim pode ser definido o dueto de Thiago Soares e Danilo D’Alma em “Roots”. O espetáculo foi criado a pedido de Thiago pelo diretor e coreógrafo Ugo Alexandre e leva para o palco o início da vida artística de um fenômeno brasileiro do balé. Aos 12 anos, Thiago dançava break e hip-hop nas ruas da Zona Norte do Rio de Janeiro. Hoje, aos 35, é o primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres, uma das companhias de dança mais prestigiadas da Europa. “Será que aquele menino lá de trás estaria orgulhoso do cara que eu sou hoje?”, questiona Thiago. Considerado pela crítica mundial um dos melhores dançarinos de sua geração, ele se viu obrigado a sair papel de príncipe para contar sua história no palco. “Em ‘Roots’ mostramos um artista mais visceral, que fica ofegante”, diz Ugo, que colocou Thiago para suar na coreografia que combina influências de Marius Petipa, George Balanchine e William Forsythe. Dias 13 a 22, no Teatro João Caetano, Rio de Janeiro.

CARREIRA METEÓRICA
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Nascido em São Gonçalo e criado em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, Thiago Soares descobriu cedo, e pelo hip-hop, seu talento para a dança. Aos 17 anos, ele entrou para o Theatro Municipal e, de lá, ganhou os palcos internacionais. Com o Royal Ballet de Londres, interpreta os principais papéis masculinos das produções clássicas, como Sigfried em “O Lago dos Cisnes” e o Conde Albrecht em “Giselle”. Ao lado de Marcelo Gomes, do American Ballet Theatre, é um dos brasileiros de maior destaque em companhias de dança no exterior.

 


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