As previsões de queda na arrecadação se confirmaram e a persistência no baixo nível de atividade econômica derrubou a arrecadação federal mais uma vez. Em junho, o recolhimento de impostos e contribuições federais somou R$ 98,129 bilhões, uma recuo real (já descontada a inflação) de 7,14% na comparação com igual mês de 2015.

O desempenho no período foi o pior para meses de junho desde 2010. Na comparação com maio deste ano, houve aumento real de 2,70% na arrecadação. O resultado veio dentro do intervalo de expectativas de 23 casas ouvidas pelo Projeções Broadcast, que ia de R$ 88,125 bilhões a R$ 102,00 bilhões, e ficou bem próximo da mediana de R$ 97,357 bilhões.

No primeiro semestre, a arrecadação federal somou R$ 617,257 bilhões, um recuo de 7,33% na comparação com igual período do ano passado, informou a Receita Federal nesta quinta-feira, 28. O valor também é o menor para o período desde 2010.

O recolhimento de impostos e contribuições federais sofreu, no primeiro semestre deste ano, forte impacto dos tributos relacionados ao desempenho da atividade econômica, os quais têm caído continuamente.

A Previdência e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foram alguns dos fatores que levaram o resultado do semestre a ser 7,33% mais baixo que no mesmo período de 2015, já descontada a inflação.

A receita previdenciária, que ficou em R$ 181,453 bilhões, teve queda real de 5,06% de janeiro a junho na comparação com o mesmo período do ano passado. O IPI, por sua vez, apresentou recuo real de 16,93% em igual base comparativa, atingindo R$ 20,624 bilhões. O destaque ficou com o IPI que incide sobre automóveis, com queda de 36,06%.

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O Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) totalizaram receita de 101,752 bilhões no semestre. O número representa um recuo real de 5,92% sobre o ano passado.

A arrecadação federal somou R$ 617,257 bilhões entre janeiro e junho, o menor valor para o período desde 2010.


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