O Refúgio de Vida Silvestre (RVS) do Arquipélago de Alcatrazes, em São Sebastião, no litoral norte paulista, deve ser aberto à visitação pública, no início do próximo verão.

O anúncio foi feito pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que promove hoje (13), às 15h, uma cerimônia de assinatura da portaria que permitirá o acesso público ao local.

No evento, que ocorrerá na Delegacia da Capitania dos Portos, em São Sebastião, também será formalizada uma parceria com a entidade ambiental SOS Mata Atlântica, que dará apoio à medida.

Participarão do ato os ministros do Meio Ambiente, Sarney Filho, e da Defesa, Raul Jungmann, e do presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, e da diretora da SOS Mata Atlântica, Márcia Hirota.

Após a assinatura da portaria que define os critérios de infraestrutura para os passeios ao arquipélago, as empresas de turismo e profissionais autônomos interessados em prestar os serviços poderão se cadastrar.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Ecoturismo

Por meio de nota, a chefe do Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio Alcatrazes, Kelen Luciana Leite, argumentou que a medida era pleiteada há muito tempo.

“O turismo em Alcatrazes é uma antiga reivindicação de vários setores locais, que possibilita a apropriação e a valorização pela sociedade desse importante patrimônio natural”, disse.

Na avaliação dela, trata-se de um empreendimento que poderá aquecer o turismo nas cidades do entorno como São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba, Ubatuba, Bertioga, Guarujá, São Vicente e Santos, que já contam com uma expressiva frota de embarcações de esporte e recreio.

Criação

O Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes foi criado há pouco mais de um ano, em 2 de agosto de 2016. De lá para cá, foram definidos os critérios para o Plano de Manejo e o Plano de Uso Público.

Reconhecido como patrimônio natural, o arquipélago tem sítios arqueológicos rodeados de Mata Atlântica e campos rupestres, onde foram encontradas 320 espécies de flora. Lá estão grandes ninhais raros como os de fragatas, atobás e gaivotões. Entre 259 espécies de peixes estão a garoupa e o tubarão-martelo. Podem ser vistas ainda a tartaruga-de-pente e a tartaruga-verde, ambas ameaçadas de extinção, além de baleias e golfinhos.

Em meio ao oceano, o visitante pode contemplar os paredões graníticos com 316 metros de altura que emolduram a paisagem e admirar as várias espécies da fauna marinha.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias