Em mais um reencontro entre os finalistas das últimas duas edições da Copa América, Argentina e Chile se enfrentaram nesta quinta-feira, em Buenos Aires, longe de seus melhores momentos. Na luta para entrar na zona de classificação das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, os donos da casa levaram a melhor com um suado triunfo por 1 a 0, no Monumental de Núñez.

Esta foi a quarta vitória consecutiva da Argentina contra o Chile em partidas das Eliminatórias, mas o adversário estava engasgado, uma vez que levou a melhor nas decisões das edições de 2015 e 2016 da Copa América, ambas nos pênaltis. E o resultado desta quinta só foi possível graças a um pênalti bastante discutível marcado pelo brasileiro Sandro Meira Ricci em Di María. Messi aproveitou e marcou o único gol do jogo.

O triunfo levou os argentinos a 22 pontos, subindo da quinta para a terceira colocação, e diminuiu a pressão sobre o técnico Edgardo Bauza. Situação inversa à vivida por Juan Antonio Pizzi, que viu a sua seleção chilena terminar a rodada na sexta colocação, fora da zona de classificação para o Mundial da Rússia, com 20 pontos.

Nesta quinta, a Argentina começou dominando a posse de bola e tentando encurralar o Chile, que apostava nos contra-ataques para surpreender. Em um deles, um grande susto para os donos da casa. Fuenzalida aproveitou rebote de Romero e marcou aos seis minutos, mas a arbitragem já parava o lance, pegando impedimento do chileno.

A primeira chance argentina aconteceu aos 13 minutos. Messi deu lançamento perfeito para Di María, mas Bravo saiu quase no bico da grande área e conseguiu impedir que o toque por cobertura do jogador do Paris Saint-Germain morresse em sua rede.

O time da casa era superior e seria recompensado três minutos depois, em lance bastante polêmico. Mascherano lançou para Di María, que caiu dentro da área na briga por espaço com Fuenzalida. Sandro Meira Ricci marcou o pênalti, que Messi bateu com categoria para abrir o placar.

O gol embalou a Argentina, que chegou novamente somente um minuto depois, quando Messi arrancou pela direita e tocou para Agüero, que bateu da entrada da área rente à trave. Mas logo a seleção diminuiu o ritmo e inverteu o panorama do jogo, dando a posse ao Chile e esperando para contra-atacar.

Aos 44 minutos, o zagueiro Otamendi perdeu chance inacreditável. Após cobrança de falta de Messi e bate-rebate dentro da área, o ex-atleticano ficou com a sobra na pequena área, mas isolou.

A etapa final também começou em ritmo lento, com a Argentina superior, controlando o confronto. Aos 15, Rojo recebeu pela esquerda em rápido contra-ataque e tocou no meio da área para Messi, que chegou chutando por cima.

Só então o Chile acordou, muito em função de Alexis Sánchez, que passou a encontrar espaços na defesa argentina. Foi ele quem quase empatou aos 19, em cobrança de falta da meia-lua que acertou o travessão. No lance seguinte, Beausejour tocou para Castillo, que bateu cruzado, sem força. Romero quase aceitou, mas conseguiu se recuperar.

Sánchez seguia dando trabalho, e o Chile passou a levar a melhor pelo lado esquerdo do ataque. Por ali, Beausejour chegou cruzando, aos 33 minutos. Castillo aproveitou cochilo de Otamendi e finalizou da pequena área, mas pegou muito mal e jogou para fora.

Os últimos minutos foram de sufoco do Chile. Os visitantes encurralaram a defesa argentina, que, por sua vez, soube suportar a pressão. As duas seleções agora se preparam para a rodada da próxima terça-feira das Eliminatórias. Os argentinos viajam para encarar a Bolívia, e os chilenos recebem a Venezuela em Santiago.