BEIRUT, 20 MAR (ANSA) – A Arábia Saudita reconheceu neste domingo (19) pela primeira vez na história uma mulher como guia turística no país.   

Ayesha Khaja é especialista em cultura islâmica pelo Centro Islâmico de Estudos e Investigações, além de ter formação em literatura inglesa. Ela trabalhou por 14 anos no Ministério da Educação antes de descobrir sua verdadeira paixão.   

“A quantidade de turistas aumenta contiuamente e a temporada de visitantes não diminui a um par de semanas por ano, mas se estende durante vários meses”, afirmou Khaja ao jornal “Saudi Gazette”.   

Khaja relatou que pediu “para a comissão permitir que outras mulheres se tornassem guias, tendo em conta o grande número de visitantes no país”, acrescentou.   

A guia turística atua principalmente em Medina, uma das cidades mais visitadas da Arábia Saudita, onde o profeta Maomé morreu em 629 anos. “Há muitas mulheres que querem se tornar guias turísticas. A comissão iria beneficiá-las muito se desse a oportunidade de fazer cursos”, ressaltou.   

Na Arábia Saudita toda mulher adulta precisa da “permissão” de um homem, seja seu pai, cônjuge ou familiar, para realizar qualquer atividade como estudar, viajar e até mesmo obter um passaporte. No país também é proibido qualquer tipo de contato físico delas com um homem desconhecido. No entanto, depois de décadas de discriminação, o governo começou a promover emprego para as mulheres. (ANSA)