A Arábia Saudita decidiu reabrir sua fronteira com o Catar para permitir que os fiéis daquele país realizem a peregrinação a Meca, uma medida saudada por Doha, sem que, no entanto, isto ponha fim à crise no Golfo.

Desde 5 de junho passado, o Catar está isolado e sob um duro embargo imposto por seus vizinhos do Golfo, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, além do Egito, que o acusam de apoiar o terrorismo e ser muito próximo do Irã.

Todas as fronteiras terrestres e marítima com o pequeno emirado foram fechadas e há severas restrições aéreas.

É pouco provável que a decisão da Arábia Saudita desative essa crise inédita no Golfo, mas parece uma tentativa de despolitizar a peregrinação nos lugares santos de Meca e de Medina, no oeste saudita, segundo os especialistas.

O ritual do “hach” – a peregrinação à Meca -, que se inicia no final de agosto este ano, constitui um dos cinco pilares do Islã, de que todo muçulmano deve ao menos uma vez na vida, se tiver meios financeiros, fazer essa viagem de fé.