O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia liberou o Maracanã, depois de vistoria realizada na tarde desta terça-feira. Pela manhã, a entrada dos engenheiros chegou a ser barrada pelo Flamengo, que alugou o estádio para a partida pela Copa Libertadores contra o San Lorenzo, da Argentina, nesta quarta, às 21h45, mas o clube acabou liberando a entrada da fiscalização.

“Estava tudo correto. E o clube acabou se desculpando pelo mal entendido”, afirmou o coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Crea, Jorge Mattos.

A fiscalização incluiu funcionamento de elevadores, geradores e extintores de incêndio. “O importante era garantir a segurança de 50 mil torcedores depois que o estádio ficou tanto tempo fechado”, afirmou Mattos.

Horas mais cedo, por meio de uma nota, o clube carioca informou que não havia sido comunicado previamente sobre a vistoria do Crea. “O que sabemos é que a Odebrecht foi procurada pelo Crea, se ofereceu para se reunir com eles no Crea ou na própria Odebrecht. Mas não foi comunicada a vistoria no estádio. Ao Flamengo também não”, diz o texto.

Ainda de acordo com a nota, o Flamengo afirmou que a vistoria “é uma ação do Crea com a Odebrecht”, empresa que integra o Consórcio Maracanã. “Ressaltamos também o seguinte: nunca em operações de jogos foi exigido laudo do Crea. Para a realização de jogos a segurança é garantida pelo Grupamento Especial de Policiamento nos Estádios (Gepe) e pelo Corpo de Bombeiros”, informava o clube antes de mais tarde a vistoria ser feito e o estádio posteriormente liberado.

Jorge Mattos, por sua vez, classificou como “descalabro” a decisão do Flamengo de impedir a vistoria do conselho e lembrou que o estádio ficou fechado deste o ano passado, assim como destacou que a energia no local foi religada somente na semana passada.