ROMA, 28 JUL (ANSA) – Em resposta às novas sanções adotadas pelo Congresso dos Estados Unidos, a Rússia ordenou que o governo norte-americano reduza a presença diplomática em seu território, anunciou nesta sexta-feira (28) o Ministério russo das Relações Exteriores.   

“Os Estados Unidos teimam em tomar uma ação toscamente antirussa atrás da outra, usando o pretexto completamente fictício de que a Rússia interferiu em seus assuntos internos”, disse em nota o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Segundo o comunicado, Washington terá que reduzir para 455 o número de pessoas na embaixada e nos consulados na Rússia. Além disso, representantes do governo norte-americano serão impedido de utilizar uma residência na periferia da capital russa e de armazéns.   

Com isso, o número de representantes norte-americanos estará no mesmo nível que o de funcionários russos nos Estados Unidos. “Apesar dos permanentes ataques de Washington, nós agimos de maneira responsável e com contenção e vamos continuar a agir”, acrescentou. “Os últimos acontecimentos mostram, porém, que a russofobia e a busca de confrontação estão muito arraigadas em certos círculos” em Washington, considera o Ministério.   

Na última quinta-feira (27), o Senado norte-americano adotou novas sanções contra a Rússia por sua suposta interferência na eleição presidencial de 2016. O texto, que também inclui sanções contra Irã e Coreia do Norte, ainda seguirá para a apreciação do presidente Donald Trump.   

A votação no Congresso norte-americano “mostra que as relações com a Rússia se tornaram reféns das lutas de política doméstica nos Estados Unidos”.   

Em dezembro, o governo de Barack Obama já havia decretado sanções contra a Rússia e expulsado 35 diplomatas do país após os serviços de inteligência concluírem que o presidente russo, Vladimir Putin, havia ordenado ataques cibernéticos contra alvos do Partido Democrata na corrida eleitoral. No entanto, o Kremlin nega as acusações. (ANSA)