O Senado começou às 9h32 desta quinta-feira, 25, o julgamento do impeachment da presidente da República afastada, Dilma Rousseff. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, comanda a sessão, ao lado do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

O julgamento está previsto para terminar até a próxima quarta-feira, 31. A previsão é que senadores aliados de Dilma apresentem na manhã desta quinta questões de ordem (questionamentos regimentais) para anular ou atrasar o processo, discussão que deve durar algumas horas. Depois disso, serão ouvidas oito testemunhas, duas de acusação e seis de defesa. Todos os senadores presentes podem questioná-las. Essa fase poderá se arrastar pelo fim de semana.

A oitiva de Dilma está prevista para a segunda-feira. A expectativa é de que a votação se dê na terça. São necessários 54 votos para que a presidente afastada perca definitivamente o mandato.

Vão depor pela acusação o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público que atua no Tribunal de Contas da União (TCU); e Antônio Carlos Costa D’Ávila Carvalho Júnior, auditor da corte de contas. A defesa arrolou Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, consultor jurídico, graduado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Nelson Barbosa, ministro do Planejamento e Ministro da Fazenda nas gestões de Dilma Rousseff; Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal; Luiz Cláudio Costa, secretário executivo do Ministério da Educação no governo da petista; e Ricardo Lodi, advogado, professor de graduação e pós-graduação da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e presidente da Sociedade Brasileira de Direito Tributário.