Com o papel de Lee Chandler em “Manchester à Beira-Mar”, Casey Affleck pode viver uma reviravolta em sua carreira. E muita gente que o via como o irmão menos talentoso de Ben Affleck talvez seja convidado a revisar conceitos.

Com uma carreira já um tanto longa, iniciada em 1988, com “Lemon Sky”, Casey já participou de filmes de sucesso como “Gênio Indomável”, “Onze Homens e um Segredo” e “Um Beijo a Mais”. Mas seu trabalho mais significativo, antes de “Manchester”, talvez tenha sido em “O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford”.

Nesse faroeste crepuscular, que chegou a concorrer no Festival de Veneza, Casey está muito bem na pele de Ford, homem que matou à traição um dos mitos do Oeste americano.

Mas este trabalho de relevo não foi suficiente para lhe valer um reconhecimento definitivo como intérprete. Talvez o momento tenha chegado agora, e poderá ser validado de vez com um Oscar.

Enquanto isso, Ben, o irmão mais velho vem colecionando prêmios como ator e diretor. Foi premiado com o Globo de Ouro por “Argo”. Ganhou como ator em Veneza com “Hollywoodland”. Está nos créditos em filmes de prestígio como “Shakespeare Apaixonado”, “Pearl Harbour”, e em blockbusters como “Batman x Superman” e “Esquadrão Suicida”. Vale lembrar que “Argo” venceu o Oscar de melhor filme.

A hora parece ser do mano caçula. Há muito chão ainda para a consagração, mas um reconhecimento importante Casey já obteve. A maioria dos críticos concorda que, em “Manchester à Beira Mar”, sua interpretação cool do homem que carrega uma tragédia pessoal é das melhores coisas que Hollywood apresentou nos últimos tempos.

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Ao trabalhar de maneira contida, Casey simplesmente mostra que, muitas vezes, o menos é mais. Em especial em arte e, sobretudo, quando estamos tratando de temas sombrios e paixões delicadas.


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