20/09/2016 - 11:51
A atriz americana Angelina Jolie pediu o divórcio do marido, o também ator Brad Pitt, e buscará manter a guarda dos filhos, pondo fim a dois anos de casamento e 12 de união desse famoso casal conhecido como “Brangelina”.
Angelina Jolie entregou os documentos à Justiça na segunda-feira (19), alegando diferenças irreconciliáveis e estabelecendo a data de separação em 15 de setembro, revelaram os especializados TMZ e People, nesta terça-feira (20).
“A decisão foi tomada para preservar o bem-estar da família”, disse em um comunicado o advogado da atriz, Robert Offer.
Jolie “não fará nenhum comentário por enquanto e pede que respeitem a privacidade de sua família nesse momento difícil”, acrescentou.
A atriz de 41 anos pediu a guarda dos seis filhos do casal, três dos quais são adotados, e solicitou ao juiz que regule as visitas de Brad Pitt, de 52. Jolie não pedirá pensão alimentícia.
O casal rodou o filme “Sr. e Sra. Smith”, que estreou em 2005. Após a filmagem, Brad Pitt se divorciou da atriz Jennifer Aniston, com que estava casado desde 2000.
Antes de sua união com Brad Pitt, Angelina Jolie foi casada com os atores Jonny Lee Miller e Billy Bob Thornton.
Juntos desde 2004, Brad e Angelina se casaram em uma cerimônia apenas para os mais íntimos, em agosto de 2014, na pequena capela de Château Miraval, propriedade do casal no sul da França.
“Era importante para a gente que o dia do casamento fosse relaxado e cheio de sorrisos”, disseram os dois atores, acrescentando que aquele “foi um dia único para compartilhar com nossos filhos e foi um dia muito feliz para nossa família”.
Carreiras de sucesso
Pitt encantou o público há 25 anos no papel de um jovem sedutor no filme “Thelma & Louise”, até se tornar um nome conhecido em Hollywood.
Três vezes indicado ao Oscar por sua atuação e duas vezes como produtor, Brad levou para casa uma estatueta de Melhor Filme em 2014 por “12 anos de escravidão”.
Interpretou diversos papéis ao lado de outros grandes astros de Hollywood, como Tom Cruise, em “Entrevista com vampiro”, Anthony Hopkins, em “Lendas da paixão”, ou ainda George Clooney, em “Onze homens e um segredo”.
Jolie saltou ao estrelato com seu papel em “Garota, interrompida” (1999), levando para casa um Oscar de melhor atriz coadjuvante por sua interpretação de uma jovem rebelde em uma instituição mental.
A atriz também se destacou por trás das câmeras. Em 2012, começou a trabalhar como diretora com o filme “Na terra de amor e ódio”, que aborda o uso do estupro como arma de guerra durante o conflito na Bósnia.
Antes de se casar com Brad Pitt, anunciou em maio de 2013 que havia se submetido a uma mastectomia para evitar desenvolver mais tarde um câncer de mama.
O TMZ, que publicou supostas imagens dos documentos levados para o tribunal, falou em versões não confirmadas de que no pedido de divórcio a atriz teria alegado consumo de álcool e maconha e problemas no controle da raiva por parte de Pitt.
“Se existir sinais do uso de substâncias, ou problemas no controle da raiva, o tempo de visitas acordado com Pitt pode ser sob supervisão”, explicou à AFP Kelly Frawley, do escritório de advogados Kasowitz, Benson, Torres e Friedman de Nova York.
“Em uma situação como essa, em que os filhos provavelmente têm várias babás, a supervisão não tem por que impedir um acordo amigável, porque as babás podem atuar como supervisoras, sem limitar o envolvimento das crianças, e gerando um desconforto pela parte supervisionada”, acrescentou.
Trabalho humanitário
A queridinha do tapete vermelho agora é mais conhecida por seu trabalho humanitário do que por suas ações que atraem os tabloides. Durante os últimos anos, tem sido embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Em 2012, como enviada especial, visitou campos de refugiados na Síria, na República Democrática do Congo e em Ruanda.
Nomeada dama honorária pela rainha Elizabeth II, tem sido defensora das vítimas de violência sexual nas zonas de guerra.
Brad Pitt a acompanhou em inúmeras viagens humanitárias e colaborou com as operações de reconstrução em Nova Orleans após a devastadora passagem do furacão Katrina, em 2005.