A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) voltou a negar pedido de reajuste extraordinário feito pela Eletropaulo. O órgão regulador já havia rejeitado a solicitação em fevereiro, mas a empresa recorreu da decisão e teve o processo julgado novamente nesta terça-feira, 31.

A Eletropaulo alega que seus custos estão acima da tarifa autorizada pela Aneel. De acordo com a empresa, os custos não-gerenciáveis da companhia, representados pela Parcela A, atingiram 87% da tarifa final. Entre esses custos que não podem ser controlados pela empresa estão a tarifa de Itaipu e os subsídios da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

A empresa informou que há uma diferença entre a remuneração da Parcela A, pela Selic, e o custo de captação de empréstimos para bancar esses custos até o reajuste tarifário, pela CDI.

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, reconheceu que a Parcela A atingiu uma proporção tão grande que qualquer perturbação é difícil de ser assimilada pela empresa. Rufino disse que a Aneel está ciente dessas questões e que pretende tomar medidas para aperfeiçoar o processo de reajuste ordinário e corrigir esses problemas. Ele afirmou, porém, que o reajuste extraordinário não é a melhor solução, na avaliação da agência.