O fim do bônus para economia de água e da multa para quem gastasse em excesso, além das mensagens do governo do Estado de que a crise hídrica acabou, são considerados por ambientalistas que vêm acompanhando o problema os principais motivos para o crescimento do consumo.

“Como dizem por aí, a primeira coisa que a chuva leva é a memória da seca. E se o governador diz que estamos bem até 2018, que não temos mais problema nenhum, que pode voltar à vida normal, claro que as pessoas relaxam, mas precisamos continuar atentos. E já vemos que as pessoas voltaram a lavar a rua. Acabaram desmobilizando quem tinha se mobilizado por uma coisa boa”, diz Maria Cecília Wey de Brito, da Aliança pela Água.

Ela compara com a Austrália, que sofreu anos de seca e mesmo depois que a situação foi estabilizada, manteve incentivos para redução do consumo.

“Eles fizeram mudanças estruturais para conter o gasto mesmo se as pessoas não estivessem mais sendo econômicas. Houve subsídio para a compra de chuveiros ou máquinas de lavar roupa que usem menos água. Em vez de aprender com as lições da seca, parece que estamos desaprendendo”, afirma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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