Se havia dúvidas da associação do vírus da zika com o mosquito Aedes aegypti, agora elas não existem mais. Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz identificaram mosquitos infectados com o vírus no bairro carioca do Realengo e em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O método adotado pelos pesquisadores foi coletar, ao longo de dez meses, cerca de 1.500 mosquitos de diversas espécies no entorno e nas casas de pacientes que tinham tido sintomas de infecção pelo zika. Depois, por meio de análises genéticas e de uma técnica que isola as partículas do vírus, verificaram a presença do zika em quatro mosquitos. Foi a primeira vez que insetos infectados foram coletados na natureza. Agora, os cientistas podem aprofundar os estudos acerca da transmissão do vírus no Brasil, estimar o risco de propagação da doença e orientar as ações de controle.