O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na manhã desta sexta-feira, 3, que defende a investigação de qualquer denúncia, mas avalia que não há espaço para especulações, em resposta a questionamentos sobre indícios de irregularidades na campanha do PSDB à Presidência da República em 2014.

Em depoimento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o empresário Marcelo Odebrecht afirmou que o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato à Presidência derrotado em 2014, pediu a ele uma doação de R$ 15 milhões. Já o delator Benedicto Júnior disse na quinta-feira, 2, também em depoimento, que repassou R$ 9 milhões via caixa 2 a políticos do PSDB e do PP e ao marqueteiro tucano a pedido de Aécio para a campanha de 2014.

“Primeiro, o Aécio já deu explicações e dará explicações que forem necessárias, não há razão para especulação”, disse o governador, quando perguntado sobre as declarações do empreiteiro e sobre como ficaria o cenário da disputa presidencial de 2018 caso o nome de Aécio seja inviabilizado. Internamente, Alckmin disputa com Aécio a candidatura tucana para o Planalto, ao lado do senador José Serra (PSDB-SP), que deixou o Ministério das Relações Exteriores na semana passada.

Sobre a possibilidade do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir a abertura de inquérito contra ele e outros governadores na semana que vem com base nas delações, Alckmin disse que é preciso aguardar. “Nós sempre defendemos que qualquer denúncia deve ser investigada, vamos aguardar”, disse.

Alckmin participou nesta sexta-feira da inauguração de obras de ampliação do pronto-socorro do Complexo Hospitalar Padre Bento, em Guarulhos.

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