O advogado Jay Clayton foi confirmado nesta quarta-feira como a escolha do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para comandar a Securities Exchange Comission (SEX, a agência que regula o mercado de capitais norte-americano). Clayton é sócio do escritório Sullivan & Cromwell LLP e já representou companhias investigadas pela SEC e pelo Departamento de Justiça por violar uma lei de 1977 sobre práticas de corrupção no exterior.

Caso confirmado no comando da SEC, Clayton terá autoridade sobre como a comissão penaliza companhias norte-americanas acusadas de pagar propinas no exterior. Em relatório de pesquisa de 2011, Clayton criticou a posição da SEC e do Departamento de Justiça para combater a corrupção de empresas norte-americanas no exterior, considerando a conduta deles excessivamente agressiva e mais rígida do que a de outros países. No relatório, Clayton disse que o comportamento da SEC e do Departamento da Justiça causam “prejuízo duradouro para a competitividade de companhias reguladas nos EUA e ao mercado de capitais dos EUA”. Isso sugere que ele pode ser um defensor do afrouxamento dessas normas mais adiante.

No relatório, porém, Clayton diz que não defende um afrouxamento no combate aos subornos, mas sim que as autoridades norte-americanas possam fomentar um reforço nessas regras nos demais países. No relatório, o advogado argumenta que os EUA precisam ajustar de alguma maneira sua estratégia sobre esse ponto.

Em comunicado após a indicação, Clayton diz que pretende como presidente da SEC dar aos investidores e às companhias nos EUA confiança para investir. Ele também afirma que irá “monitorar cuidadosamente nosso setor financeiro” e estabelecer políticas que encorajam a criação de empregos. Fonte: Dow Jones Newswires.