O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo, considerou que a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, não teve impacto negativo nas vendas das redes de supermercado nas últimas semanas. Embora a entidade ainda não tenha dados para as vendas no mês de março, o executivo afirmou que a percepção dos empresários é de que não houve prejuízo às vendas.

“Ainda é cedo pra avaliar, mas o que temos de informações nas conversas com empresários é que não há queda perceptível”, disse. “Houve dúvidas e o consumidor ficou questionando algumas marcas, mas, a cada dia que passa, fica mais claro que não existe risco à saúde pública”, avaliou.

Sanzovo citou o impacto nas exportações de carne, mas avaliou que ainda não tem sido possível detectar se pode haver excesso de oferta no mercado doméstico. “Não podemos afirmar ainda se teremos diminuição no preço, mas as leis de mercado são muito fortes no nosso setor e, se houver oferta maior, consequentemente o preço cai.

O executivo comentou ainda a discussão da lei de terceirizações no Congresso. Sanzovo afirmou que varejistas têm defendido de forma geral a flexibilização de leis trabalhistas. Na avaliação dele, a medida traz “tranquilidade” para empresas que já contam com funcionários terceirizados. Questionado, ele descartou que haja um impacto direto em redução de custos no setor, mas considerou que há um efeito relevante de aumento da segurança jurídica.