A balança comercial de produtos químicos no primeiro semestre de 2017 aponta para um déficit de US$ 10,6 bilhões, sendo que as importações totalizaram US$ 17,2 bilhões no período, um aumento de 6,4% sobre o primeiro semestre de 2016, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

Em volume, as compras externas bateram recorde histórico, com alta de 21,2%, movimentando 20,8 milhões de toneladas no semestre, puxadas por intermediários para fertilizantes. No mês de junho, especificamente, foram importados US$ 3,3 bilhões, aumento de 3,7% sobre maio e de 5,4% ante junho de 2016.

No primeiro semestre, as vendas externas cresceram 12,1%, para US$ 6,6 bilhões, e também em volume, alta de 1,9%, para 8,2 milhões de toneladas. No mês de junho, as exportações cresceram 5,0% sobre igual mês de 2016, para US$ 1,1 bilhão, mas caíram 8,7% ante maio.

Nos últimos 12 meses, o déficit da balança ficou em US$ 23,3 bilhões, o mesmo valor do ano de 2016, de US$ 23,0 bilhões. A tendência, diz a Abiquim, é de novos recordes negativos diante do baixo crescimento da economia, devido à falta de competitividade resultante do alto custo da matéria-prima e da energia em comparação a mercados internacionais.

“Enquanto neste momento de crise mundial todos os países procuram estimular sua indústria, o Brasil continua adotando políticas contrárias ao desenvolvimento industrial, como a decisão de manter juros exorbitantes e o aumento de impostos, ao invés de cortar despesas”, disse o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo.

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