A balança comercial de produtos químicos registrou um déficit de US$ 3,2 bilhão em janeiro e fevereiro, um aumento de 1,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. No primeiro bimestre de 2017, as importações de produtos químicos, de praticamente US$ 5,3 bilhões, registraram uma elevação de 6,2% em relação ao mesmo período de 2016. Já as exportações, de US$ 2,1 bilhões, apresentaram crescimento de 14,0% na mesma comparação. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

Somente no mês de fevereiro, as compras externas de produtos químicos chegaram a US$ 2,57 bilhões, um decréscimo de 6,8% em relação ao mesmo mês no ano passado. Já as exportações atingiram praticamente US$ 1,0 bilhão, equivalentes a uma retração de 8,2% em igual comparação.

Nos últimos 12 meses (março de 2016 a fevereiro de 2017), o déficit em produtos químicos é de praticamente US$ 22,1 bilhões. “Desde o último trimestre de 2016, é inquestionável a intensificação do volume das importações brasileiras de produtos químicos, principalmente daqueles relacionados ao agronegócio”, comentou a Diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, por meio de nota.

Segundo ela, essa é uma das grandes preocupações para a indústria química no contexto da possível retomada econômica que se espera para 2017, uma vez que, caso os preços médios estivessem nos níveis verificados nos últimos anos (atualmente estão 48,6% menores em relação ao preço médio de 2013), o déficit setorial poderia ter sido recorde para os primeiros meses do ano.


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