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Após as eleições presidenciais, a partir da nova correlação de forças políticas que emergirá das urnas, o País deverá passar por uma grande rearrumação partidária. Pelo lado do governo, a ideia de integrantes da sopa de letrinhas que hoje compõe a base aliada, como o PSB, PR, PRB, PCdoB e PDT, é criar nova legenda capaz de servir de contrapeso ao fortalecido PMDB, cada dia mais sedento por cargos estratégicos na Esplanada dos Ministérios. Do lado oposicionista, há um movimento na mesma direção. Como a proposta do consórcio partidário composto por PSDB, DEM e PPS se revelou ineficaz na atual campanha, setores da oposição já articulam uma eventual fusão das legendas. Neste caso, o grande expoente da nova composição de forças deverá ser o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Praticamente eleito ao Senado com 70% das intenções de voto, o político mineiro é tido como o mais preparado para liderar esse movimento, uma vez que transita com desenvoltura entre a oposição e até algumas agremiações governistas. “É necessário criar no Congresso uma agenda de Estado que permita convergências e assim não cair no que chamei algumas vezes de ‘armadilhas plebiscitárias’, afirmou na última semana Aécio, em entrevista concedida num hangar do aeroporto da Pampulha. 

 criação de um novo partido governista foi discutida entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e setores do PT, nas últimas semanas. A legenda, ao mesmo tempo socialista e desenvolvimentista, reforçaria a sustentação a um possível governo Dilma Rousseff. Informalmente, petistas já começaram a mapear deputados e senadores que possam integrar a nova legenda à luz de um rearranjo político a partir de 2011. As conversas contaram com a participação do chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho. Um dos nomes comentados para fazer parte dessa nova agremiação é o do senador Gim Argello. Hoje no PTB, do oposicionista Roberto Jefferson, Gim é um dos principais aliados do governo no Congresso e pessoa da confiança de Dilma.

Na oposição, o rea­grupamento de partidos já vem sendo debatido desde que Aécio abriu mão da candidatura à Presidência pelo PSDB, no início deste ano, para concorrer ao Senado por Minas Gerais. Apesar de a campanha para presidente ainda estar em curso, parlamentares do próprio PSDB reconhecem que Aécio Neves se­rá o grande nome da oposição a partir de janeiro de 2011, com chances concretas de vir a presidir o Senado. Principalmente se conseguir eleger seu afilhado político Antonio Anastasia ao governo do Estado. Para viabilizar a criação de novas legendas, políticos de todas as colorações partidárias já engatilharam um projeto na Câmara para permitir que um parlamentar eleito por uma agremiação tenha um prazo para trocar de camisa, em 2011, sem ferir a lei eleitoral. Pela legislação atual, se um político mudar de partido, depois de eleito, ele perderá o mandato. “A maioria dos parlamentares é favorável à abertura de uma janela, no ano que vem, para permitir mudanças”, admite o deputado Sílvio Costa (PTB-PE).

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