20/10/2004 - 10:00
“Fujamos! Os caçadores de letras estão aq…” Esse é o menor conto do mundo. A sua autora é a escritora argentina Ana María Shua, que superou em concisão, por meia palavra, o guatemalteco Augusto Monterroso, até então internacionalmente reconhecido como o autor do conto mais sucinto: “Quando despertou, o dinossauro ainda estava lá.” O último livro de Ana María, A morte como efeito colateral, acaba de sair no Brasil. Recria a cidade de Buenos Aires, num futuro próximo, desordenada e caótica após a pior crise econômica de sua história.
ISTOÉ – O que define o menor conto?
Ana María – A fronteira entre o menor conto, o verso, o aforismo e a canção picaresca é tênue. O menor conto é um texto narrativo com menos de 25 linhas. Os critérios são subjetivos. Enquanto os críticos literários seguem discutindo, eu sigo escrevendo.
