Antes de ser um móvel é uma função.
É assim que a indústria do design passou a pensar o mobiliário. Produtos que viram cama e escritório – ou que tanto guardam objetos quanto servem de mesa – já são realidade no mercado há alguns anos. Segundo o designer Walter Fonseca, dono da Tora Tora, empresa que projeta móveis modulares, o Brasil está “engatinhando” na engenharia desse tipo de mobília. “Até pouco tempo atrás, todos esses objetos eram trazidos do Exterior como novidade”, explica. Agora, apesar de já produzi-los, o País importa as ferragens especiais, necessárias para a mobilidade dos produtos. “Elas tanto podem ser mecânicas como corrediças, ou digitais, com sensores que não demandam esforço do usuário”, explica Fonseca. O conceito é que uma cama, por exemplo, seja denominada como “um objeto em que se pode deitar” para que o seu potencial não seja restringido. Ao “nomear” os produtos, eles perdem a ideia de versatilidade. O designer, que montou uma casa inteira baseada na mutabilidade dos móveis na feira For Mobile, realizada no final de julho em São Paulo, assegura que as possibilidades são inúmeras. “Tinha até televisão que saía do armário em horário programado”, diz.

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