Natural de Terzigno, cidade aos pés do Vesúvio, o pintor italiano Salvatore Emblema, 76 anos, faz sua primeira exposição na América Latina. Felizmente, o desconhecimento sobre seu trabalho é devidamente apagado com uma coleção de 64 pinturas que dão uma boa idéia do seu estilo. Filiado às correntes abstratas, especialmente a expressionista – ele conviveu na Nova York da década de 50 com Mark Rothko e Jackson Pollock –, Emblema pratica uma pintura que coloca em questão o suporte da tela, geralmente feita de juta. Ao atuar sobre a trama do tecido, costurada e esgarçada a ponto de deixar ver o chassi da obra, ele se emparelha com o argentino Lucio Fontana. Mas, além de toda referência, o que salta aos olhos é mesmo sua habilidade cromática no uso dos tons terrosos e na gama de azuis que remetem ao céu de sua cidade. (I.C.)


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