Ele é francês, é exímio fotógrafo e as iniciais de seu nome são J.R. Adverte que cultiva esse anonimato porque não quer atrair as atenções para si – ao contrário, quer chamá-las somente para a carência e o caos social e urbano em que vivem muitas mulheres em todo o mundo. Depois de percorrer o Sudão, a Serra Leoa e a Libéria, o artista desembarcou agora no Rio de Janeiro com a sua mostra Woman are heroes. Ele fotografou moradoras do Morro da Providência e estampou nos barracos da favela seus gigantescos e expressivos retratos. Por que o Morro da Providência? J.R. o escolheu como forma de denunciar a chacina ocorrida em junho, quando três jovens foram assassinados após serem entregues a traficantes por soldados do Exército. A senhora que estampa a escadaria é avó de um dos garotos mortos.


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