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Para os apaixonados por aventuras em duas rodas, uma moto é muito mais do que um meio de transporte. É uma obra de arte. Motociclistas não poupam esforços para imprimir detalhes diferenciados em seus veículos nem economizam quando o assunto é estilo. Tudo para garantir uma marca personalizada em suas relíquias. Guidão cromado, quadro com design especial, grafite no tanque, bolsas laterais em couro, aros coloridos. Não há limites para a imaginação.

Em meados da década de 90, o que era uma mania restrita à geração dos “easy riders” (filme homônimo americano de 1969, no qual dois jovens saíram pelas estradas com suas motos, um cult entre os aficionados) virou negócio em todo o mundo. A tendência da estilização se consolidou no Brasil a partir de 2002, com o reality show American Chopper, programa exibido pelo canal pago People + Arts que mostra os bastidores da fábrica de motocicletas Orange County Choppers (OCC), nos Estados Unidos. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, nos últimos três anos houve um aumento de 30% na procura pelas motos customizadas no País. Em 2008, dois milhões de peças novas deverão ser produzidas. “Gosto muito do trabalho dos customizadores brasileiros. Eles são bem criativos”, disse à ISTOÉ Michael Teutul, do American chopper, que chega ao Brasil no próximo dia 4.

Para apresentar as novidades do mercado, ocorre entre os dias 5 e 7 de setembro o São Paulo Moto Festival, no Autódromo de Interlagos. Essa é a primeira edição do evento na capital paulista – no ano passado, ele aconteceu em Brasília. Nele, os motociclistas poderão conferir as criações da OCC e de customizadores consagrados, como Russell Mitchell, que promete modelos impecáveis. “Não faço motos que parecem confeitos de bolo. O segredo está no minimalismo do formato”, disse à ISTOÉ o designer internacional, que recebeu encomendas de George Clooney e Billie Joe, da banda Green Day. O preço de uma moto nacional customizada varia entre R$ 30 mil e R$ 150 mil. Uma da OCC custa R$ 200 mil.