Se vier a ser eleito, José Serra corre o risco de não ter em sua posse nenhum chefe de Estado de países vizinhos. Na semana passada, com o propósito de criticar a política externa de Lula, o ex-governador paulista perdeu as referências diplomáticas. De uma só tacada acertou o Paraguai e a Bolívia ao dizer que ambos se benefi ciam da filantropia brasileira. Também não poupou a Venezuela de Hugo Chaves: acusou- o de abrigar narcoterroristas. Serra já havia dito que o governo boliviano é cúmplice do tráfico.