Coube ao neurocientista paulista Miguel Nicolelis colocar o Brasil no topo do reconhecimento da comunidade científica internacional. Na quarta-feira 28 o seu nome foi anunciado nos EUA, país em que mora, como vencedor do prêmio Pioneer Award, um dos mais disputados por pesquisadores de todo o mundo. Com a láurea, Nicolelis ganha US$ 2,5 milhões, enriquece o currículo com esse Oscar da ciência e reafirma sua paixão pela pesquisa sobre a interação entre o cérebro humano e as máquinas – não há quem melhor crie sistemas capazes de acionar instrumentos por meio de comandos cerebrais, através de eletrodos conectados a neurônios e a computadores. No futuro eles farão, por exemplo, com que tetraplégicos controlem braços robóticos com o pensamento. “O prêmio me dá a chance de desenvolver ideias arrojadas. Estou feliz porque a premiação valoriza a ciência brasileira”, disse Nicolelis à ISTOÉ, por telefone, do aeroporto de Nova York.