ECNOLOGIA Desenhada por Phillipe Starck, a cadeira
Mister Impossible, dispensa parafusos e mistura materiais

Depois de virar sinônimo de peças chamativas e de cores vibrantes, o acrílico volta à decoração em detalhes charmosos e de cores neutras, que fazem a diferença em qualquer ambiente a que se deseje dar um toque de modernidade. Com a ajuda da tecnologia, peças de policarbonato ou PMMA (todos erroneamente chamados de acrílico) ganham formas mais orgânicas, que as distanciam das chapas transparentes e de tons vibrantes que fizeram sucesso nos anos 70 e 90.

"As novas formas de se trabalhar o acrílico surgem das idéias mirabolantes dos designers", afirma Sandra Bork, representante no Brasil da Kartell, referência mundial em mobiliário de acrílico. A empresa fez uma parceria com o badalado designer francês Philippe Starck, que na última feira de design de Milão lançou o protótipo da cadeira Mister Impossible, que une dois tipos de plásticos sem o uso de parafusos. Ele já havia criado outro sucesso, a Mademoiselle, que acaba de ganhar uma edição limitida, revestida com tecido de oncinha Dolce & Gabbana, vendida a R$ 3.580. "São desafios que mostram a potencialidade infinita dos plásticos na decoração", completa Sandra Bork.

Entusiasta das novas possibilidades, o designer André Bastos, do escritório de criação Nada Se Leva, acredita que o laser e as lapidações deram um ar mais elegante às peças de acrílico. Com a ajuda das novas técnicas ele conseguiu revisitar o barroco em aparadores e luminárias que brincam com os efeitos de luz e sombra. A arquiteta Ana Maria Vieira Santos seguiu a mesma linha, só que em pés de mesa. A idéia, vista também na feira de Milão, foi aproveitada ainda pelos decoradores Paulo Gazola e Luciano Santelli, da Reserva Pessoal, que se valeram do laser para criar barrados de rococós na torre de acrílico que sustenta o tampo de cristal de uma mesa de centro.

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RENDA Recortadas a laser, as mesas T-Table, da Kartell,
lembram um rendado e custam R$ 857 cada uma

Os profissionais ainda enxergam outras virtudes no material. "O acrílico nos possibilita ter uma transparência pura que o vidro não tem, já que traz alguma nuança azul ou esverdeada", afirma o arquiteto Gustavo Tavares, do escritório de Roberto Migotto, responsável pelo Estúdio 1, da Casa Cor São Paulo. Ali, Migotto valeu- se do cubo Optic e do banco Stone, da Kartell, para dar um toque de brilho ao ambiente mais branco de toda a mostra. O cubo Optic traz ondulações graças à tecnologia, o que faz com que a peça ganhe movimento e textura, sem perder a leveza.

Também adepta da onda do acrílico, a arquiteta Brunete Fracarolli acredita que as novas possibilidades de apresentação do material enriquecem os objetos. "São peças alegres, brilhantes e lúdicas, que muitas vezes lembram pedras preciosas, mas a preços muito mais acessíveis", diz ela, que completou seu bar na Casa Cor com duas mesas transparentes da Kartell. A peça batizada de T-Table, cujo tampo recortado a laser lembra uma renda, está à venda por R$ 857. Um preço razoável para acrescentar classe a qualquer ambiente.


GRIFE A versão Dolce & Gabbana da cadeira Mademoiselle
vem revestida com tecido de oncinha: edição limitada


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