chamada.jpg
LINHA DURA
Novas regras vão ampliar o controle de instituições financeiras pelos órgãos de regulação

Dois anos após o início da derrocada financeira global que devastou as economias mundiais entre 2008 e 2009 e deixou os americanos à beira do abismo, o presidente Barack Obama conquistou na quarta-feira 21 sua maior vitória no Congresso americano ao aprovar uma ampla reforma no sistema financeiro do país. A lei, proposta pelo Executivo, foi promulgada ainda na quarta-feira por um exultante Obama, que afirmou tratar-se da maior e mais profunda revisão das regras que regem o sistema financeiro desde a Grande Depressão de 1929.

Na prática, o projeto aprovado pelo Congresso ampliará de forma consistente os controles do Estado sobre as instituições bancárias e financeiras. Fundos de investimento agressivos, como os constantemente criticados hedge funds e as operações de private equity, que sempre atuaram sem nenhuma fiscalização, passaram agora a ter registro na SEC, a equivalente americana da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além disso, a nova lei ainda permite que o cidadão comum possa processar as agências de classificação de risco, se acreditarem que as avaliações foram feitas de forma desonesta. As novas regras, que envolvem mais de uma centena de mudanças no sistema financeiro, não passam a valer de imediato. Estima-se que o Congresso deva levar alguns anos para regulamentar todos os itens da reforma.