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César Marco Aurélio Antonino Augusto (121 – 180) foi o último dos cinco imperadores romanos e é unanimemente considerado por historiadores modernos como um governante bem-sucedido e culto: dedicou-se à filosofia e escreveu um clássico chamado Meditações. Seu lema era: “Nada de desgosto nem de desânimo; se acabas de fracassar, recomeça.” Marco Aurélio tinha a admiração de seus súditos e isso, na Roma antiga, era traduzido em estátuas gigantes. Está claro, então, que ele teve a sua, mas tudo sucumbiu devido a um forte terremoto que assolou a região. Na semana passada, no entanto, arqueólogos trouxeram à tona, na atual Turquia (território que era romano), o monumento de 4,5 metros de altura que homenageou Marco Aurélio. Os pesquisadores localizaram a cabeça, o braço direito e partes inferiores das pernas da estátua na antiga cidade de Sagalassos (atual Aglasun).

A descoberta ocorreu no mesmo local em que a equipe do arqueólogo belga Marc Wealkens, da Universidade Católica de Leuven, encontrou há cerca de um mês os restos de um busto da imperatriz Faustina, sogra de Marco Aurélio. Também nessa região, em 2007, descobriu-se uma estátua gigante do imperador Adriano. Tanta coincidência levou os cientistas a recorreram a historiadores. Wealkens aprendeu, então, que aquele território abrigara um frigidário composto por amplos salões e lagos artificiais, nos quais os imperadores se banhavam após mergulharem em suas termas. A dimensão do que foi encontrado do monumento, esculpido em mármore, impressiona – somente o braço direito tem 1,5 metro de comprimento e a cabeça possui 70 centímetros de altura e pesa 350 quilos. “Tamanha imponência só poderia ter sido dada a Marco Aurélio”, diz Wealkens.