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Assista ao trailer de "Os Homens Que Não Amavam as Mulheres"

 

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APOSTA
“Os Homens que Odiavam as Mulheres” terá direção de Fincher

Em momentos de crise criativa como a vivida por Hollywood, hoje dominada pelas continuações de blockbusters, os grandes estúdios tentam duas alternativas. Uma delas é refazer filmes americanos que deram certo no passado utilizando uma linguagem adequada para as novas gerações, caso de “Fúria de Titãs” e “Karatê Kid”. A outra saída é adaptar para a realidade dos EUA títulos de sucessos vindos de outros países e assim tornar os enredos mais palatáveis ao seu público – que, como se sabe, detesta ler legendas. Essa segunda estratégia começa a ser testada com um thriller que promete ser um arrasa-quarteirão: o remake de “Os Homens que Odiavam as Mulheres”, o longa-metragem sueco baseado no primeiro livro da trilogia “Millenium”, de Stieg Larsson. Com filmagens marcadas para setembro, a obra encabeça uma lista de pelo menos uma dezena de novas produções.

Vindo também da Suécia, ganhou adaptação hollywoodiana o filme de horror “Deixa Ela Entrar”, sobre a amizade de um menino e uma garota vampira. Com procedência francesa, já está pronta a versão do policial “13” (estrelado por Mickey Rourke e Jason Statham) e em andamento os remakes de “Anthony Zimmer” (com Johnny Depp e Angelina Jolie”), “Para Ela” (com Russell Crowe) e “Não Diga a Ninguém”(ainda sem elenco confirmado). A receita mercadológica é justamente essa: pegar uma obra já testada internacionalmente e que não teve o merecido público nos EUA e refazê-la segundo a fórmula infalível das superproduções, com muita grana, tecnologia e estrelas conhecidas. Na maioria das vezes, o resultado é fulminante nas bilheterias, como prova, por exemplo, “Os Infiltrados” (ganhador de quatro Oscar), que teve rendimento de US$ 133 milhões só no seu país – a obra em que foi baseada, o policial “Infernal Affairs”, de Hong Kong, faturou apenas US$ 89 mil.

Muito do apelo de “Os Infiltrados” se deve ao elenco, encabeçado por Leonardo DiCaprio e Mark Whalberg. No caso de “Os Homens que Odiavam as Mulheres”, que será dirigido por David Fincher, a escolha do casal protagonista tem queimado os neurônios da Sony, dona dos direitos de refilmagem. Daniel Craig já foi confirmado como o jornalista envolvido na investigação do desaparecimento de uma garota, mas o papel da hacker que o ajuda na missão ainda está entre Kristen Stewart, Natalie Portman, Scarlett Johansson e Carey Mulligan. Se o filme original rendeu US$ 400 milhões no mundo inteiro com atores desconhecidos, dá para imaginar a aposta de Hollywood com estrelas desse porte em sua milionária versão.

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