Medicina & Bem-estar

Ginástica holística no combate à dor
O método começa a ser indicado no Brasil como opção para quem não teve sucesso em outros tratamentos

Greice Rodrigues

 

 

i80045.jpgUma nova terapia tem se firmado como uma boa arma contra a dor causada por doenças musculares e das articulações – entre elas a artrose e as lesões por esforço repetitivo (LER). A ginástica holística, um método criado na França, tem conquistado adeptos em todo o País graças a seus benefícios. A técnica é feita por meio de movimentos corporais, orientados pelo fisioterapeuta, que levam o paciente a entender o mecanismo de funcionamento do aparelho locomotor e das estruturas musculares. É a partir desse conhecimento que o indivíduo começa a perceber que o seu problema pode ter origem, por exemplo, em uma postura inadequada muitas vezes não percebida. Com a percepção, ele desenvolve um processo de reeducação postural que terá impacto na redução das dores e inflamações, segundo os adeptos. "A consciência de sua estrutura física e dos limites do corpo é o primeiro passo para o alívio", afirma a fisioterapeuta Patrícia Lacombe, que difunde a técnica no Brasil. De acordo com a especialista, a maioria das pessoas que chegam para as aulas com indicação de cirurgia se recupera sem necessidade da operação. De fato, o método caiu nas graças dos médicos. "É uma excelente alternativa para quem fez outros tratamentos, mas não obteve sucesso", afirma o clínico geral Valter Furlan, de São Paulo, especialista em dor. A técnica faz parte, inclusive, do cardápio de opções oferecidas por planos de saúde.

Os movimentos em nada lembram aqueles executados nas academias convencionais. Em geral, cada um faz o gesto respeitando suas limitações. E eles podem ser repetidos em casa, o que torna a adesão muito maior, uma vez que o indivíduo não precisa se deslocar para praticá-los. Com proposta semelhante, o método McKenzie, criado pelo fisioterapeuta neozelandês Robin McKenzie, também ganha importância contra a dor. "Pelo menos 70% dos pacientes com dor aguda e 50% com dor crônica obtêm resultados importantes com o método", afirma a fisioterapeuta Cristiane Mello, de Belo Horizonte.i80046.jpg