eclipse2_site.jpg

Clique no player acima e assista ao trailer de "Eclipse"
 
 

chamada.jpg
MOMENTO ESPERADO
Bella (Kristen Stewart) vai decidir se fica
com o vampiro (Robert Pattinson)

Copa do Mundo é uma desgraça para o cinema. Afinal, quem vai querer sair de casa quando sua seleção está jogando em campo estrangeiro? Foi por isso que alguns dos grandes blockbusters previstos para o meio do ano tiveram sua estreia antecipada, caso de “Príncipe da Pérsia” e “Robin Wood”. Um filme, contudo, teve seu lançamento mantido em plena competição: “Eclipse”, a terceira parte da saga “Crepúsculo”, uma das franquias mais bem-sucedidas do cinema atualmente.

A aguardada produção estreia no Brasil na quarta-feira 30 (assim evita bater com o início das quartas-de-final) e no resto do mundo na sexta-feira 2. Tanta segurança na estratégia de marketing se justifica: essa aventura vampiresca, que já era um fenômeno editorial, tem sua torcida cativa, interessada nos novos lances do amor impossível entre o vampiro Edward Cullen e a adolescente Bella Swan. Tanto é assim que a pré-venda de ingressos vem se mantendo aquecida há um mês. Produzida por um estúdio pequeno, com orçamento limitado e sem um elenco de estrelas, a série explodiu com uma fórmula incomum para os padrões de Hollywood e hoje capitaliza não só a atenção dos fãs, mas de toda a indústria do cinema. O mundo está de olho em “Eclipse”.

img.jpgg_eclipse.jpg
VAMPIROS DO BEM
A família de Edward se une a Jacob (Taylor Lautner, acima) para
salvar Bella (Kristen Stewart) de mortos-vivos do mal

Para compreender a histeria provocada por essa atípica história de vampiros é necessário, antes de qualquer coisa, entender como a trama foi parar nos cinemas.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Em 2004, um ano antes de ser colocado à venda nas livrarias dos EUA, o primeiro romance teve os seus direitos adquiridos pelos estúdios Paramount. O livro – até então uma obra desacreditada – permaneceu no limbo por dois anos e foi depois comprado pela produtora independente Summit Entertainment. Nesse meio tempo, a tetralogia tornou-se um best seller mundial, abrindo caminho para as adaptações cinematográficas. O primeiro filme, “Crepúsculo”, foi realizado ao custo de US$ 38 milhões e faturou mais de US$ 350 milhões no mundo todo – nessa época, os protagonistas Robert Pattinson e Kristen Stewart ainda estavam engatinhando. O seguinte, “Lua Nova” conquistou um êxito ainda maior: custou US$ 60 milhões e arrecadou mais de US$ 700 milhões. O progressivo upgrade se dava também na escolha dos diretores. A desconhecida Catherine Hardwicke, do primeiro título, foi substituída em “Lua Nova” por Chris Weitz (de “A Bússola de Ouro”) e “Eclipse” traz na linha de frente David Slade (de “30 Dias de Noite”). Para comandar o episódio final, “Amanhecer”, previsto para novembro de 2011, está confirmado Bill Condon, premiado cineasta de “Deuses e Monstros” – Sophia Coppola e Gus Van Sant também estavam no páreo.

De nada valeria tanto investimento se a história não tivesse o básico: um elenco que convencesse e segurasse uma trama sem grandes mistérios. Dos três protagonistas, a única conhecida do público era Kristen, que interpreta Bella Swan. Quem roubou a cena, contudo, foi Pattinson, intérprete do vampiro Edward – desde o final do ano passado, o ator de 24 anos tem sido capa das principais revistas de moda e variedades da Europa e dos EUA e sua fama repentina vem sendo comparada à de Leonardo DiCaprio pós-“Titanic”. Além do trio eficiente (o outro personagem principal é o lobisomem vivido por Taylor Lautner), um fenômeno recente da indústria do entretenimento contou a favor da saga – e isso mesmo antes de ela virar filme. A série, a princípio voltada para teens, começou a extrapolar esse público e conquistar pessoas bem mais velhas. É o que os editores chamam, sorridentes, de “crossover”. No caso de “Crepúsculo”, esse estouro se deu quando os pais dos adolescentes passaram a ler aqueles livrinhos de capa preta que seus filhos não abandonavam nem para comer. No Brasil, por exemplo, a tetralogia já soma mais de 4,5 milhões de exemplares vendidos e só “Eclipse” responde por 1,1 milhão. A história do livro – e do filme – é conhecida: Bella terá de escolher entre o namorado vampiro e o amigo lobisomem, enquanto uma onda de assassinatos amedronta as redondezas de sua cidade. Como adolescentes – e adultos – consideram essa a melhor parte da história, é natural que seus seguidores estejam com o sangue quente. Mesmo em tempos de Copa.

img1.jpg


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias