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O novo diretor da Abin, o delegado Paulo Lacerda, vai criar uma força-tarefa unificando as inteligências com a Polícia Federal e o Judiciário. O novo grupo, já discutido com o substituto de Lacerda na PF, delegado Luiz Fernando Corrêa, tem o propósito de dar legalidade a várias investigações da Abin e municiar os federais de informações para instaurar inquéritos. Lacerda, que colocou a PF nos trilhos, foi convidado pessoalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para organizar a agência. “Ou ponho a Abin na linha, ou ela vai acabar”, confidenciou Lula a um amigo político.

Lacerda também vai criar um sistema de rotatividade na Abin. “Não gosto dos mesmos servidores por muitos anos nas mesmas funções”, diz Lacerda. “Aqui tínhamos gente havia 18 anos no mesmo posto.” Um dos assuntos que Lacerda pretende colocar em debate é a autorização para que a Abin faça escuta telefônica autorizada. Hoje, a agência investiga as pessoas bisbilhotando o lixo e infiltrando agentes nas áreas de interesse. Por último, resta o problema da produção de relatórios não se sabe para quem e com que objetivo, que não chegam às mãos de Lula.


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