Novas técnicas estão melhorando a qualidade de vida de mulheres acima de
60 anos com fraturas nas vértebras relacionadas à osteoporose (doença degenerativa que enfraquece os ossos). “Essas fraturas são a manifestação
mais comum do desgaste ósseo. Aparecem até mais do que as quebras ósseas nos quadris. Surgem pela compressão da coluna por causa do peso da pessoa
ou de movimentos”, explica o neurocirurgião Ailton Moraes, da Clínica Vertebrata,
de Porto Alegre. No Brasil, a estimativa é de que ocorram cerca de 100 mil
fraturas desse tipo por ano.

Até recentemente, as únicas soluções para tratar dessas fraturas, muitas vezes dolorosas, eram medicações contra a dor, repouso, aparelhos ortopédicos ou cirurgias bastante invasivas. Nos últimos anos, porém, muitas clínicas e hospitais brasileiros estão recorrendo à vertebroplastia, procedimento que “cola” as rachaduras nas vértebras injetando um cimento ortopédico (o polimetilmetacrilato
ou PMMA). O método é classificado como minimamente agressivo. “Com
anestesia, inserimos uma agulha no tecido muscular das costas para injetar o cimento diretamente sobre o osso fraturado. Ele endurece rápido, estabiliza a
fratura, protegendo o osso de novas fraturas e, em muitos casos, proporciona o
alívio imediato da dor”, explica Moraes. Em menos de um dia, os pacientes deixam
o hospital e voltam para casa. Outro método, a cifoplastia, introduz um balão
inflável na falha óssea. Esse balão é preenchido com o cimento, ajudando a descomprimir as vértebras.


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