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Como é ter 18 anos, ser convocado pela imprensa e pelos torcedores para a Copa e completamente ignorado por Dunga? Como é ser considerado um gênio precoce e chamado de firuleiro, atacado por zagueiros e, tantas vezes, ignorado por juízes por exibir o estilo que consagrou o futebol brasileiro? Como é ser um adolescente que ganha milhões, tem um carrão zero e é perseguido nas ruas de Santos como um beatle? Neymar abriu sua casa e seu carro para a “Trip” e falou pela primeira vez sobre infância, drogas, política e namoradas. Assim começa a entrevista a Lino Bochini, que só sai nos próximos dias, mas a coluna antecipa a foto exclusiva do megacraque aos 6 anos, “vítima” da febre dos bichinhos da Parmalat que assolou o País alguns anos atrás. A imagem foi gentilmente sacada dos arquivos da família e cedida por Neymar da Silva Santos, o pai, que, como o filho, jogou bola profissionalmente. Para o leitor da coluna, vão também em primeira mão alguns depoimentos de santistas notáveis colhidos pela reportagem da revista, sobre a ferinha nascida em Mogi das Cruzes
e radicada em Santos desde criança.

“Esse moleque amadureceu dez anos em um, tá comendo a bola e terá muitas Copas pela frente. Já o vejo em breve numa galeria de craques elegantes e inquestionáveis como Zico, Tostão, Ademir da Guia, Pita, Zenon, Paulo César Caju, Reinaldo e Sócrates.”
Zeca Baleiro, músico

“O Neymar é pura molecagem, é toda aquela coisa do saci-pererê. Ele resgata a irreverência, o drible. É incrível que o Dunga tenha deixado essa nova safra de fora. Mas basta ver as roupas do Dunga para entender.”
Arthur Veríssimo, repórter excepcional da “Trip” e apresentador da Rede TV!

“O Neymar tem uma molecagem no jeito de jogar que faz a diferença. É um futebol irresponsável, fazendo dancinha, metendo chapéu, goleando… Mas não é o futebol que o Dunga quer, aquela coisa séria, sem drible, para o esquema.”
Emílio Surita, apresentador do “Pânico na TV!”

“Acho que essa turma toda, do Neymar, Ganso e Robinho, resgata o que há de mais precioso no nosso futebol.
Eles jogam com graça, encanto e alegria e são essas as características pelas quais somos valorizados no mundo todo. Eles são criativos até para comemorar o gol.”
Aloizio Mercadante, senador

“Acho ele uma graça. Como santista, adoro viver a expectativa de que o time terá um novo Pelé. A figura do Pelé paira sobre o time, não como um carma, mas como um mito, e a gente fica em júbilo quando surge alguém com um perfil parecido, criado no clube.”
Monica Waldvogel, jornalista

“O que mais gosto no Santos, meu time do coração, é sua capacidade de formar craques. Dali brotam talentos ininterruptamente desde a década de 50. De Pelé a Robinho; de Clodoaldo a Ganso. O Neymar é um dos mais inspirados e espevitados meninos da Vila. Tem a ginga, a ironia e o DNA do craque de bola. Suerte, moleque!”
Marcelo Tas, apresentador do “CQC”