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O maior planeta do Sistema Solar não é mais o mesmo. Uma de suas características listras simplesmente desapareceu. O fenômeno, descoberto pelo jornalista e astrônomo amador britânico Bob King na semana passada, intriga a comunidade científica e levanta especulações. Para alguns astrônomos, fortes ventos varreram a atmosfera do planeta e dissiparam a listra – na verdade, uma enorme nuvem composta por gases de enxofre e fósforo. Para outros cientistas, no entanto, a explicação estaria no avanço de outra camada mais clara de nuvens, formadas por cristais congelados de amônia e iguais às que podem ser observadas nos polos do corpo celeste. Como elas são mais altas, estariam cobrindo as de tom avermelhado temporariamente. A descoberta se deu assim que o planeta, um dos gigantes gasosos de nosso sistema, completou parte de sua órbita anual e saiu de trás do Sol.

Júpiter é um dos planetas mais observados pelo homem. Cerca de mil vezes maior que a Terra, ele tem 142.800 quilômetros de diâmetro e 16 satélites – entre eles, a lua Europa, uma das fortes candidatas a abrigar formas de vida extraterrestre graças à presença de um oceano congelado em sua superfície. Não é a primeira vez que a mancha avermelhada no hemisfério sul de Júpiter desaparece. O fenômeno foi observado anteriormente em 1973, quando a sonda americana Pioneer 10 chegou ao planeta.