Quem for aos caixas eletrônicos de algumas agências do Bradesco, no final deste ano, encontrará em fase de teste a mais nova e revolucionária tecnologia no campo da segurança de operações bancárias. Trata-se do sistema PalmSecure, que funciona como uma assinatura biométrica – sensores quadrados, de 35mm por 35mm, identificam rigorosamente o indivíduo pelo desenho de suas veias nas palmas das mãos, valendo-se para isso de feixes de raios infravermelhos. Basta aproximar a mão do tal sensor. Para desenvolver esse novo método, pesquisadores da empresa japonesa Fujitsu colheram, em todo o mundo, amostras de 150 mil padrões de veias de palmas de mão de 75 mil pessoas. Deu certo. Cada um de nós tem uma estrutura única de veias, mesmo no caso de irmãos gêmeos. Assim, bastará a um banco, por exemplo, cadastrar em seu sistema as mãos de seus clientes. Se o sensor conseguir “lê-las” é porque a pessoa checada é de fato um correntista habilitado a fazer a operação no caixa eletrônico.

Se comparados aos padrões das veias dos dedos ou das costas da mão, os vasos da palma são mais complexos, dificultando trambicagens – além de ser menos afetados por temperaturas e outros impactos ambientais que poderiam comprometer a exatidão do reconhecimento. Na via contrária dos recursos utilizados na autentificação de impressões digitais, prejudicados por exemplo quando o indivíduo está com a pele machucada, o PalmSecure opera independentemente de fatores externos e sem contato com a epiderme, realizando uma “radiografia completa” do que se passa sob ela.

Sucesso no Japão desde 2004, essa tecnologia já foi implementada naquele país em cerca de dez mil agências bancárias. No Brasil, o Bradesco irá inicialmente instalar o sensor em 50 caixas eletrônicos em São Paulo. “O índice de acerto é incomparavelmente maior se cotejado com os sistemas usados atualmente”, diz Laércio Albino Cezar, vice-presidente executivo do Bradesco. Além dos caixas eletrônicos, o PalmSecure também poderá ser utilizado na inviolabilidade de computadores pessoais.