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O cardápio de tratamentos dermatológicos ganhou mais um reforço. A novidade é o hystofreezer, um spray que promete remover sardas e manchas amarronzadas causadas pelo sol e pelo envelhecimento. Sucesso nos Estados Unidos e recémlançado no Brasil, o produto tem um modo de ação peculiar: ele congela a pele do local a ser tratado.

O hystofreezer é o mais novo representante de uma categoria de tratamentos dermatológicos baseados na crioterapia – técnica que promove a destruição de tecidos por meio de congelamento com o objetivo de substituí-los por novos. Sua aplicação e modo de ação são simples. Ele é composto por três diferentes tipos de gases – éter dimetílico, propano e isobutano. Em contato com a área lesada, eles atingem uma temperatura de até 55 graus negativos. “Nessa condição, provocam o congelamento de compostos envolvidos no surgimento e crescimento das lesões”, afirma a dermatologista Érica Monteiro, de São Paulo, uma das que utilizam o método. Segundo a médica, o processo desativa a ação dessas substâncias, impedindo o desenvolvimento do problema.

Os jatos são disparados por meio de ponteiras que atingem diretamente a área a ser tratada. Cada disparo dura entre 15 e 40 segundos. O maior inconveniente das aplicações é o desconforto. Em alguns casos, o uso de anestesia local é necessário para amenizar a dor. No primeiro momento, a lesão fica com a aparência esbranquiçada. Logo após ganha aspecto avermelhado. “Em seguida, surge uma crosta que se solta dias depois, deixando a pele praticamente livre de marcas”, diz a médica. O tratamento pode levar de uma a oito sessões feitas com intervalo mensal.

A novidade é a versão mais delicada da crioterapia convencional. Nesta técnica, a temperatura atinge 196 graus negativos. Nesse caso, porém, há o risco de lesão mais profunda. Quando isso acontece, pode-se atingir os melanócitos, as células que produzem a melanina, justamente o pigmento que dá cor à pele. Se isso acontece, o efeito é o contrário do que se espera: em vez de clarear, a mancha escurece. “Por isso, o spray é mais seguro e a recuperação, mais rápida”, diz a dermatologista Mônica Aribi Fiszbaum, de São Paulo.

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