i65692.jpgPara onde vamos depois da morte? Algumas pessoas vão para o céu. Outras, para a lua. Há quem prefira o fundo do mar. Ou, quem sabe, se tornar um diamante. O fato é que morrer hoje já não é mais como antigamente. E há opções para todos os gostos: nascem sem parar empresas com idéias mirabolantes para honrar e personalizar a partida de seres humanos. Quem vai para o céu, por exemplo, pode subir sob a forma de fogos de artifício. Com o lema de celebração da vida (bem religioso, diga-se), a empresa britânica Heavens Above fabrica esses fogos com as próprias cinzas do defunto cremado. “Pesquisas mostram que a maioria das pessoas quer fazer de sua passagem uma ocasião feliz”, justifica o site da empresa. São diversos tipos de fogos e o mais caro e suntuoso é o chamado “Grand Finale”, no qual o morto, desculpem, a família dele escolhe o formato e as cores do espetáculo. A queima de fogos fúnebre dura em média cinco minutos, com efeitos brancos ou coloridos, barulhentos ou silenciosos. Fica ao gosto do freguês, mas a festa pode ter até música e champanhe. Tudo custa entre US$ 1,6 mil e US$ 3,3 mil, preço nada exorbitante tratando-se da última vontade do finado.

A empresa americana Celestis é especializada em despachar cinzas humanas para o espaço. Há desde vôos simples com retorno à Terra (as cinzas só dão uma voltinha sideral) até o lançamento rumo à imensidão do cosmos. Nesse caso, o preço é de matar: US$ 12 mil. No ano que vem a Celestis lançará um foguete fúnebre direto para a lua. O objetivo, segundo a empresa, é “expandir o alcance da humanidade até as estrelas”. Também nos EUA, outra empresa criou um cemitério inspirado na cidade perdida de Atlântida, ou seja, no fundo do mar. Tratase do Neptune Memorial Reef, localizado a cinco quilômetros da costa de Miami e com capacidade de abrigar 125 mil mortos. As cinzas são misturadas a um cimento especial e viram lápides em formato de blocos e conchas. Com o tempo o local se transformará em um recife natural repleto de espécies marinhas. Esse derradeiro mergulho custa entre US$ 995 e US$ 6,4 mil.

Finalmente, pode o morto querer virar um diamante. Diversas empresas oferecem esse serviço em todo o mundo e garantem: a olho nu não há diferença entre o diamante natural e o diamante de cujus. O diamante memorial, como é chamado, é feito com 500 gramas de cinzas submetidas à temperatura de 1.500oC e a pressão equivalente a 600 quilômetros de profundidade no mar. Esse método permite que sejam criados diamantes brancos ou coloridos e em muitos formatos. Todo o processo de obtenção da pedra pode ser acompanhado pela família. A jóia custa em média US$ 33 mil. Vale. Afinal, diamantes são… eternos.

fotos: Leo La Valle; divulgação

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