TRAGÉDIA Palestinos rezam diante de vítimas do bombardeio à escola da ONU

RESCALDO Casa de um dos líderes do Hamas, morto no bombardeio

"O terrorismo é, simplesmente, a denominação contemporânea e a configuração moderna da guerra deliberadamente travada contra civis, com o propósito de demolir a disposição de apoiar líderes ou políticas que os agentes dessa violência consideram inaceitáveis”
Caleb Carr, historiador militar americano

As aulas da escola para meninas Al Fakhora, administrada pela ONU em um campo de refugiados no norte da Faixa de Gaza, foram suspensas logo que começou a ofensiva israelense contra o território, em 27 de dezembro. Onze dias depois, na terça-feira 6, cerca de 400 palestinos se encontravam abrigados na escola. Em busca de maior segurança, eles haviam trocado suas casas, vulneráveis a ataques israelenses, pelo prédio sinalizado com a bandeira da organização internacional. Foi em vão. Um bombardeio à escola terminou com 43 pessoas mortas e uma centena de feridos. Horas depois do ataque e de críticas recebidas de todas as partes do mundo, o Exército de Israel divulgou que o bombardeio havia ocorrido em reação a disparos feitos da escola pelo Hamas, que estaria usando civis como “escudos humanos”. Ao negar a presença de milicianos em Al Fakhora, Chris Gunner, porta-voz da agência da ONU para refugiados palestinos, pediu uma investigação independente. “Se as leis de guerra foram violadas, como parece, os culpados têm que responder perante a Justiça e pagar pelo crime”, disse Gunner. “Essa tragédia mostra que não há mais lugar seguro na Faixa de Gaza.”

A constatação de Gunner acabou reafirmada dois dias depois, quando caminhões de insignia da ONU foram atacados por forças israelenses próximo à passagem de Erez, também no norte da Faixa de Gaza. Os veículos circulavam pelo chamado Corredor Humanitário, durante os 180 minutos de uma trégua diária iniciada na véspera para levar remédios, alimentos e combustíveis ao território. Com a morte de dois motoristas a seu serviço e a escalada da violência contra civis, a ONU suspendeu suas operações. Confinado em uma área de 360 quilômetros quadrados, 1,5 milhão de moradores da Faixa de Gaza estão cada vez mais entregues à própria sorte. A escassez de víveres devido ao fechamento das fronteiras e ao embargo promovido por Israel há mais de um ano atingiu patamares extremos na última semana. Até a rede clandestina de túneis cavada no sul do território – por onde passavam alimentos e também armas para o Hamas – havia sido destruída por Israel. Durante as poucas horas de trégua anunciada, os palestinos da Faixa de Gaza se dividiam entre buscar alimentos, socorrer os feridos e enterrar seus mortos.

 SEM DIREITO DE FUGIR

 Algumas cenas foram consideradas “chocantes” pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, cujos representantes encontraram em uma casa de Zeitoun, no leste da Cidade de Gaza, quatro crianças pequenas ao lado dos cadáveres de suas mães. “As crianças estavam tão debilitadas que não conseguiam ficar de pé. Um homem também foi encontrado vivo, fraco demais para se levantar. No total, havia 12 corpos na casa”, relata um comunicado da organização. A Cruz Vermelha criticou ainda Israel pelos atrasos “inaceitáveis” de acesso de trabalhadores humanitários a pessoas atingidas por projéteis. Desde o começo da ofensiva, mais de 750 palestinos foram mortos, 220 deles menores de 16 anos. Apenas 30 moradores conseguiram escapar da Faixa de Gaza até a quinta-feira 8, quando quase 300 pessoas com passaporte estrangeiro – não havia brasileiros entre elas – foram autorizadas a deixar o território. “Neste conflito, Israel impôs uma proibição absoluta ao direito de fugir”, disse Richard Falk, relator da ONU para os Direitos Humanos nos Territórios Palestinos, que esteve em São Paulo na semana passada. “Não há precedentes disso na história das guerras urbanas.”
 

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TERRA ARRASADA Palestina deixa campo de refugiados no sul da Faixa de Gaza

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Debaixo de críticas internacionais pelo uso sistemático da violência contra civis, Israel justifica a ofensiva pela urgência em destruir a capacidade do Hamas de lançar foguetes contra seu território. “Queremos acabar com o terror, e o Hamas precisava aprender uma séria lição”, afirma o presidente israelense, Shimon Peres. Criado em 1987, o Hamas não aceita a existência do Estado de Israel e tem um braço armado que matou 400 israelenses no auge de suas ações terroristas, entre 2000 e 2004. (leia mais ao lado). Depois de vencer as eleições parlamentares de 2006, expulsou da Faixa de Gaza a Fatah, a ala mais moderada da Autoridade Palestina. Previsto pela mesma resolução da ONU que criou Israel em 1948, o Estado da Palestina não se materializou desde então devido a sucessivos conflitos árabes-israelenses. Mais de 60 anos depois, não há convergência possível. Enquanto Israel deseja que os palestinos fiquem confinados em territórios cercados por assentamentos judaicos, o Hamas quer um Estado palestino que incorpore o território ocupado por Israel.

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Terror e política

  No final de 1987, quando jovens palestinos cansados da ocupação israelense e da apatia da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) atacaram com pedras os soldados israelenses nos territórios ocupados de Gaza e da Cisjordânia, o braço palestino da Irmandade Muçulmana, que até então só se dedicava a atividades assistenciais e ao proselitismo islâmico, resolveu entrar na luta contra Israel. Nascia assim o Hamas (acrônimo de Harakat Al-Muqawama al-Islamia, Movimento de Resistência Islâmica), que pregava simplesmente o fim do Estado de Israel e sua substituição por um Estado palestino islâmico, que ocuparia a área onde hoje estão Israel, Cisjordânia e Gaza. Interessado em enfraquecer a OLP, que então liderava a resistência armada contra a ocupação, o governo israelense fez ouvidos de mercador ao discurso antissemita do Hamas e discretamente incentivouo, inclusive com dinheiro. Em pouco tempo, a serpente saiu do ovo e passou a aterrorizar Israel com sangrentos atentados suicidas contra civis.

Esses atentados eram uma tática que o Hamas, sunita, copiou do xiita Hizbolá (Partido de Deus), grupo que lutou contra Israel no Líbano. Como o Hizbolá, aliás, o Hamas é um movimento político-assistencial com um braço militar. No papel de médico, o Hamas cuida de hospitais, escolas e creches, o que lhe granjeia grande apoio da população palestina. A função de monstro fica com as Brigadas Izz ad-Din al- Qassam (líder da revolta árabe de 1936), responsáveis pelos atentados e pelo lançamento de foguetes contra o território israelense. Por não entender bem essa dualidade típica de Dr. Jekyll e de Mr. Hyde, muitos observadores ficaram sem saber o que fazer quando o Hamas ganhou democraticamente as eleições parlamentares palestinas em 2006.

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ÀS ARMAS Embora seja um partido político, o braço militar do Hamas ainda domina

Financiado por doações privadas, muitas delas vindas dos ricos países do Golfo Pérsico, o Hamas foi um dos mais virulentos opositores aos acordos de paz de Oslo, assinados em 1993 entre o premiê israelense Yitzhak Rabin e o presidente da OLP, Yasser Arafat. Aos olhos do Hamas, Arafat tinha virado traidor da causa palestina. “A reconciliação com os judeus é um crime”, vituperava de sua cadeira de rodas o fundador e líder espiritual do Hamas, o xeque palestino Ahmed Yassin. Foi depois disso que a onda de atentados suicidas cresceu. Entre 2000 e 2004, quase 400 civis israelenses foram assassinados pelo Hamas. Os atentados provocaram reação militar de Israel contra a Autoridade Palestina controlada pela Fatah, principal grupo da OLP, que administrava partes de Gaza e da Cisjordânia e foi acusada de não combater o terrorismo. O próprio Yassin e seu sucessor, Abdel Aziz al-Rantissi, foram assassinados em 2004, por mísseis israelenses.

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DOR Funeral de militar de Israel

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OS DOIS LADOS DO CONFRONTO Túnel da rede clandestina de Gaza, atacada pela artilharia israelense

As mortes sucessivas e a repressão abalaram a liderança do Hamas, fortalecendo sua ala mais pragmática, que tinha em Ismail Haniyeh seu principal expoente. Sob sua liderança, o Hamas se tornou um partido político em 2005, denunciando a incompetência corrupta da Fatah. A opção política deu resultado: em janeiro de 2006, o Hamas venceu as eleiçõesparlamentares palestinas, conquistando 76 das 132 cadeiras do Parlamento palestino. Mas o confronto com os seguidores de Arafat não se fez esperar e em junho de 2007 militantes do Hamas expulsaram a Fatah da Faixa de Gaza, que passou a ser controlada unicamente pelos “terroristas”. Em represália, o presidente palestino, Mahmud Abbas, sucessor de Arafat, retirou representantes do Hamas do governo da Autoridade Nacional Palestina na Cisjordânia. Israel, por sua vez, praticamente bloqueou a Faixa de Gaza. Enfraquecido e perdendo apoio popular, o Hamas tentou nomente a cartada militar e retomou os ataques com foguetes Qassam a Israel. A reação desmesurada e brutal do inimigo pode ser o oxigênio de que o Hamas necessitava. Ou pode pavimentar o caminho para grupos ainda mais radicais.

FOGUETES DO TERROR

No decorrer de sua trajetória, o Hamas atacou Israel usando, primeiro, homens-bomba. Depois, passou a disparar contra o território israelense foguetes de fabricação caseira e sem precisão, mas com raio de alcance cada vez maior. Desde o início da invasão, os disparos provocaram a morte de quatro das 11 vítimas israelenses do conflito – três militares foram mortos em combate e outros quatro sucumbiram devido ao fogo amigo, ou seja, baixas causadas por suas próprias fileiras. No cotidiano, porém, os foguetes do Hamas espalham o terror entre os israelenses, obrigados a correr para abrigos a cada soar de alarme. Dos mais de quatro mil foguetes despachados pelo Hamas contra Israel desde 2001, cerca de 500 deles foram lançados nas últimas semanas. E foi justamente o disparo de foguetes contra Israel – após uma trégua negociada de seis meses – que provocou a desproporcional reação de uma das mais bem treinadas e equipadas forças armadas do mundo. A primeira fase da ofensiva foi pelo ar, com sete dias de bombardeio intenso contra a Faixa de Gaza. A segunda etapa, a invasão por terra, poderá ser seguida pelo combate em ruas estreitas, em uma das áreas de maior densidade populacional do planeta. “Assim como vegetações e acidentes geográficos dão cobertura às operações militares, a população serve de camuflagem ao Hamas”, lembra Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp.

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AJUDA HUMANITÁRIA A ONU suspendeu suas operações em Gaza, devido à insegurança

Quanto à decisão de Israel de mobilizar seu poderio bélico contra a Faixa de Gaza, existem explicações que vão além de uma reação ao Hamas. “A política interna israelense certamente foi um dos fatores para os ataques”, afirma Mouin Rabbani, analista do International Crisis Group, com sede na Jordânia. Dependendo de seu resultado, as operaçõesmilitares podem ajudar a manter no poder a coligação que governa o país. A ofensiva foi deflagrada às vésperas de eleições gerais – marcadas para 10 de fevereiro –, quando as pesquisas indicavam grande vantagem para a coalizão de direita liderada pelo partido Likud, do ex-premiê Binyamin Netanyahu. Com os ataques, a opinião pública israelense passou a demonstrar maior apoio ao Partido Trabalhista, do atual ministro da Defesa, Ehud Barak, e ao Kadima, da ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni.

Reféns do conflito

“Estou no escuro, tenho apenas uma vela acesa na sala, ouço um radinho em busca de notícias e também os bombardeios do Exército israelense.” Foi assim que o palestino naturalizado brasileiro Osmar El Jamal, um comerciante de 55 anos, atendeu a ligação de ISTOÉ na Faixa de Gaza, na quarta-feira 7. “Quero ir embora, mas não consigo. As fronteiras estão fechadas”, disse ele, que mora no Rio de Janeiro há 30 anos. El Jamal foi para Gaza, onde nasceu, para vender propriedades de seus pais, falecidos há dois anos. “A energia foi cortada e sem ela não há água, a não ser de poços. Uma família que consumia mil litros por dia hoje não consegue ter mais de dez. A comida também está escassa. Só as mercearias dos bairros ousam abrir as portas para vender o pouco que têm. O pão, que já estava faltando antes da guerra, agora desapareceu. As pessoas têm que se virar só com feijão”, relata ele.

El Jamal é um dos poucos brasileiros na Faixa de Gaza. De acordo com a representação brasileira em Ramallah, na Cisjordânia, seriam apenas três famílias. O cotidiano de horror também é vivido pela paulistana Abir Yousef Al-Duwek, 31 anos, que mora em Rafah, na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito. “Eles destruíram completamente 38 casas aqui”, diz. Do lado israelense da fronteira, os brasileiros também enfrentam dias de tensão, mas têm para onde fugir quando sirenes alertam sobre os foguetes disparados pelo Hamas. Nesses momentos, correm até o chamado quarto protegido – um cômodo de concreto, com porta e janela blindadas –, existente na maioria das casas no país. É num desses bunkers domésticos que o mestrando em física Yair Mau, 26 anos, um israelense naturalizado brasileiro, vem passando as noites na cidade de Beer Sheva, a 40 quilômetros de Gaza. “Fizemos do quarto protegido um escritório, onde ficam a mesa de estudos, o computador, etc.”, explica. Durante a entrevista à ISTOÉ, a sirene tocou duas vezes.

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Também em Beer Sheva, a paulistana Tatiana Presch, 26 anos, que faz mestrado em engenharia industrial, conta que já se acostumou a ouvir o alarme: “O que me dá medo é o ‘bum’ dos mísseis. Um desespero.” Ela conta que suas aulas foram canceladas e que passa a maior parte do tempo em casa estudando, vendo tevê e navegando na internet. “O abastecimento da cidade continua normal. Os supermercados criaram um serviço de entregas para evitar que as pessoas saiam de casa.” Nos fins de semana, Tatiana tenta viajar com o namorado, o também paulistano André Hamer, 26, que trabalha na cidade. Ele conta a tensão vivida pelo casal no dia 31 de dezembro: “Por volta das 23h30 ouvimos uma explosão muito forte. A casa toda tremeu e percebemos que um foguete havia caído muito próximo de nós. E, daquela vez, a sirene não funcionou!” A dona-de-casa paulista Maria Heloiza de Almeida Prado, 44 anos, que está morando em Karmiel, ao norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano, fala de seu medo: “A hostilidade dos árabes aumentou muito, mesmo na nossa região, com bandeiras e palavras de morte ao povo judeu.”

CESSAR FOGO IGNORADO

No cenário internacional, os ataques ocorrem em um momento de transição de poder no maior aliado de Israel, os Estados Unidos. Como esperado, o atual presidente, George W. Bush, apoiou a posição israelense. Já o presidente eleito, Barack Obama, depois de dez dias de silêncio, disse estar “profundamente preocupado” com Gaza. “Estou fazendo tudo o que tenho de fazer para garantir que, no dia em que eu assumir o governo, estejamos preparados para nos engajar imediatamente na tentativa de lidar com a situação lá”, garantiu Obama.

Enquanto Obama não assume a Casa Branca, os esforços para promover um cessar-fogo na região são liderados pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, em parceria com o presidente do Egito, Hosni Mubarak. De imediato, Israel acenou com a possibilidade de negociar uma trégua. Em seguida, os 12 ministros do Gabinete de Segurança israelense aprovaram em reunião a ampliação da ofensiva na Faixa de Gaza. O Hamas, por outro lado, condicionou a trégua ao fim do bloqueio imposto a Gaza e à retirada total das tropas israelenses. “Qualquer proposta que não se baseie nesses dois princípios fundamentais é inaceitável”, afirmou Osama Hamdan, um dos representantes do Hamas na Síria, à rede de tevê Al-Jazira. Na sexta-feira 9, ambos os lados do conflito ignoraram a resolução de cessar-fogo aprovada na véspera pelo Conselho de Segurança da ONU. Não há paz duradoura à vista.
 

CONFRONTO SEM FIM

1948

A ONU aprova a partilha da Palestina, então administrada pelos britânicos, em dois Estados: um judeu e outro palestino. Os britânicos se retiram, mas a Liga Árabe (Egito, Jordânia, Síria e Líbano) não reconhece Israel e ataca o novo Estado. Os árabes são derrotados e Israel ocupa grande parte do que seria o Estado palestino

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 1949

Israel e países árabes assinam trégua; o Egito fica com o controle da Faixa de Gaza e a Jordânia anexa a Cisjordânia, também chamada Margem Ocidental do Rio Jordão

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1956

Em resposta à nacionalização do Canal de Suez pelo Egito, tropas israelenses, com apoio de franceses e britânicos, invadem a península do Sinai e a Faixa de Gaza. Os israelenses se retiram no ano seguinte e são substituídos por capacetes azuis da ONU (entre eles, brasileiros)

  1967

Durante a Guerra dos Seis Dias (junho), as Forças de Defesa de Israel atacam os Exércitos do Egito, da Jordânia e da Síria e ocupam a Faixa de Gaza, Cisjordânia, península do Sinai e as colinas de Golã (sírias)

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1973

Uma coalizão de Exércitos árabes liderada pelo Egito e pela Síria ataca Israel, ocupando o Sinai e as colinas de Golã. Mas os israelenses lançam uma contraofensiva, detêm o ataque e reocupam os territórios. Pressionada pelos EUA e pela URSS, a ONU impõe um cessar-fogo

  1979

Com a mediação do presidente americano Jimmy Carter, Israel e Egito assinam o Tratado de Paz de Camp David. Israel devolve a península do Sinai ao Egito. Gaza – cuja população é palestina – continua sob ocupação israelense

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  1987

Jovens palestinos se rebelam contra a ocupação em Gaza e na Cisjordânia, na chamada Intifada. O braço palestino da Irmandade Muçulmana funda o Hamas para lutar contra a ocupação

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 1993

Com o aval do presidente americano Bill Clinton, Israel e OLP assinam acordos que preveem a criação da Autoridade Palestina em parte da Cisjordânia e de Gaza. O Hamas lança uma série de ataques suicidas contra israelenses

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2000

Fracassam negociações nas quais o premiê israelense Ehud Barak propôs ao líder da OLP, Yasser Arafat, a devolução de 97% de Gaza e da Cisjordânia. A visita do líder da linha dura israelense Ariel Sharon à esplanada das mesquitas, em Jerusalém, provoca a eclosão da segunda Intifada, liderada pelo Hamas

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  2004

Foguetes lançados por Israel matam o fundador e líder espiritual do Hamas, o xeque Ahmed Yassin, atingido em casa em sua cadeira de rodas. Um mês depois, seu sucessor, Abdel Aziz al-Ratinssi, é morto pelas forças israelenses. Em resposta, o Hamas lança foguetes contra Israel
 

 2005

Depois de 38 anos, o premiê israelense Ariel Sharon determina a desocupação total da Faixa de Gaza, deixando-a sob o controle da Autoridade Nacional Palestina, dominada pela Fatah, principal facção da OLP

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 2006

O Hamas ganha as eleições para o Parlamento palestino, derrotando a Fatah. A vitória fortalece a ala moderada, liderada por Ismail Haniya
 
 

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2007

As forças de segurança do Hamas expulsam os dirigentes da Fatah da Faixa de Gaza e assumem o controle do território. A Fatah fica confinada à Cisjordânia. Israel responde bloqueando quase totalmente a Faixa de Gaza
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 2008

Em junho, Israel e Hamas acertam um cessarfogo de seis meses. Em dezembro, o Hamas não renova o acordo e volta a lançar foguetes contra Israel. Israel inicia um pesado ataque contra a Faixa de Gaza

 
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