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A somaliana Waris Dirie se tornou símbolo da luta contra a mutilação genital ao contar sua história no livro “A Flor do Deserto”, que virou filme e tem estreia prevista para maio no Brasil. Waris foi mutilada aos 5 anos, fugiu de seu país aos 13 e, na Europa, passou por cirurgia  reparatória e virou modelo internacional. Aos 45 anos, é embaixadora da ONU e veio ao Brasil a convite do Camarote Bar Brahma, no Anhembi, em São Paulo.

Como pretende chamar a atenção dos brasileiros para a causa?
Mais de oito mil mulheres são mutiladas a cada dia no mundo e muitas morrem por complicações. E o crime não acontece só na África ou em países árabes. Acontece na Europa e até no Brasil.

No Brasil?
Sim, em 2008, a ONU publicou um documento sobre casos de mutilação genital na região de Juiz de Fora (Minas Gerais). Nosso objetivo é ampliar as investigações, pois a prática é muito silenciosa.

Está curiosa para conhecer o Carnaval?
Sim! Sempre quis visitar o Brasil e, agora que estou aqui, não quero mais ir embora. Me encontrei, me sinto uma brasileira, e acho que vou ficar um tempo.