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Com a presença, cativa e crescente, das galerias de arte no espaço da internet, os circuitos da arte se ampliam para além da assepsia de seus espaços arquitetônicos tradicionais. Desapegadas da condição de “cubos brancos” – o que sempre lhes garantiu uma condição de isolamento e distinção em relação ao caos reinante no mundo –, algumas das principais galerias do País encontram na internet uma forma de estabelecer um contato direto com o público. Lançada no início de novembro no site da Submarino, a Galeria Motor conta com 170 trabalhos de 80 artistas, num esforço conjunto de dez galerias, que inclui a paulistana Nara Roesler, a carioca Laura Marsiaj e a gaúcha Bolsa de Arte de Porto Alegre.

Nem bem foi inaugurada, a Motor já está no Facebook, a exemplo da Galeria Nara Roesler, que foi a primeira a encontrar nos sites de relacionamento uma ferramenta para se aproximar ainda mais de seus clientes.

“Antes, o computador servia de esconderijo para não enfrentar esse contato, mas agora ele explode as barreiras”, diz o galerista Daniel Roesler.

Hoje, a galeria que possui o maior número de “fãs” – membros que recebem os comentários postados em sua página pessoal – é a mais recente adepta do Facebook: a Casa Triângulo, com 1.225 fãs. “A marca dos 1.000 aconteceu bem rapidamente”, comemora o galerista Ricardo Trevisan.

“Não que tenhamos atraído mais clientes, mas temos um feedback maior com as opiniões dos fãs”, diz Trevisan, que já contabilizou 80 comentários a um post no site.

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NA REDE Casa Triângulo no Facebook e Motor no Submarino

No ar desde julho com o intuito de atrair clientes, a Galeria Virgílio conta com 1.175 amigos e seus posts chegam a contabilizar mais de 70 comentários, o que mostra uma interatividade bastante intensa também. “A intenção é ampliar a rede de contatos da galeria.

O Facebook dá um retorno maior do que a mala direta via e-mail ou correio”, diz Leonardo Di Caprio, produtor da galeria.“Hoje atraímos artistas e curadores internacionais, o tipo de contato que, normalmente, só conseguiríamos em feiras de arte ou em exposições fora do Brasil.”