Super 8 – Tamanho também é documento/Canal Brasil/ segundas-feiras à 0h/ até 29/3

Confira trechos do programa no vídeo a seguir

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Na era da comunicação móvel, somos todos jornalistas. Qualquer um, com um pouco de talento, é capaz de transformar uma história pessoal em notícia. Mas o que hoje reconhecemos como ausência total de fronteiras entre espaço público e privado tem uma história mais antiga do que parece. Essa história está contada na série televisiva “Super 8 – Tamanho também É Documento”, que, em 13 episódios temáticos, resgata um suporte cinematográfico praticamente esquecido do grande público. Antes do blue-ray, existia o DVD. Antes do DVD, existia o VHS. Antes do VHS, existia o super-8. Clovis Molinari Jr., diretor do programa, ensina à atual geração de blogueiros que a câmera super-8 surgiu em 1964 como um eletrodoméstico, uma espécie de máquina de fotografar em movimento, a serviço da vida familiar. “O super-8 mostra como aquela geração registrou sua vida e processou o mundo”, diz o diretor, também apresentador do programa. Logo, o formato seria “saqueado pelos filhos dos aficionados”, jovens dispostos a tudo, menos à documentação da vida doméstica. “As imagens do lar, doce lar teriam fim”, afirma Molinari. É aqui que começa a vida subversiva, artística, política e experimental desse formato cinematográfico, que já ganhou circuitos, mostras, exposições e teses acadêmicas, mas só agora chega à televisão. Hoje, toda aquela produção virou documento. E essa dimensão está muito bem apresentada pelo programa, que mostra, entre outras pérolas, imagens do velório de Glauber Rocha, da derrubada do prédio da União Nacional dos Estudantes, no Rio, e um filme de ficção, feito por estudantes de filosofia da UERJ , em 1979.