Foi a festa da produção e do crescimento econômico. A entrega do Prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO 2007 na quintafeira 18, em São Paulo, reuniu a elite empresarial e política do País. Representantes de 56% do PIB nacional, governadores e congressistas aplaudiram de pé quando o presidente da República em exercício, José Alencar, entregou ao empresário Antônio Ermírio de Moraes, do grupo Votorantim, o troféu Empresa do Ano, conferido à Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). A CBA foi eleita o melhor exemplo do espírito empreendedor brasileiro, num momento em que o País cresce há 22 trimestres consecutivos e de forma sustentável depois de décadas de arrancadas e freadas, como lembrou o ministro e presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Aos 79 anos, Antônio Ermírio de Moraes foi a estrela da noite em que a Editora Três homenageou um grupo de empresas que, no ano passado, faturou R$ 1,3 trilhão e cresceu 12% em relação a 2005. “É crescimento chinês”, lembrou o editor e diretor responsável da Editora Três, Domingo Alzugaray. Muito emocionado, Moraes contagiou a platéia ao relembrar os tempos difíceis da CBA desde sua fundação, em 1954. “Não tenho vergonha de dizer que no começo cansamos de receber inúmeros títulos protestados. Mas isso não nos desanimou, nos deu coragem para continuar lutando”, discursou. E conclamou os seus pares a apostarem no País, como sempre fez: “Acreditem no Brasil, pelo amor de Deus! Este ainda vai ser um dos países mais respeitados do mundo. Não sei se verei, mas as próximas gerações podem estar certas disso.”

O otimismo e a confiança na retomada do crescimento sustentável permearam os discursos e as conversas entre os presentes ao evento. “Aqui se premia a prosperidade”, disse o presidente José Alencar. Ele também representou o presidente Lula, que estava em viagem ao Exterior. Domingo Alzugaray fez questão de lembrar as palavras que dirigiu em anos anteriores ao presidente do Banco Central, cobrando resultados da política econômica. “Tivemos que ter paciência com o senhor Meirelles. E agora precisamos reconhecer que esta paciência está rendendo frutos e o Brasil está encontrando o seu caminho para chegar ao seu destino de uma grande nação”, afirmou. Meirelles concordou. “O Brasil criou condições para o crescimento sustentável”, disse. Segundo ele, o PIB deverá crescer 4,7% este ano.

O evento também comemorou os dez anos da Revista DINHEIRO, a primeira semanal de economia e negócios. O lançamento, ousado para a época, revelou-se um sucesso editorial instantâneo. “A DINHEIRO nasceu com a missão de ser a voz nervosa, inquietante e exigente, mas acima de tudo otimista, da sociedade produtiva de nosso país”, disse Carlos Alzugaray, presidente executivo da Editora Três. “Com sua equipe competente, cumpriu este objetivo.”

As empresas premiadas receberam os troféus das mãos dos ministros Henrique Meirelles, Carlos Lupi (Trabalho) e Luiz Marinho (Previdência) e do presidente em exercício do Congresso, senador Tião Viana. Também fizeram as honras os governadores Aécio Neves (Minas Gerais), Yeda Crusius (Rio Grande do Sul) e José Roberto Arruda (Distrito Federal), bem como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Os senadores Eduardo Suplicy e Adelmir Santana, o deputado Michel Temer e o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo prestigiaram a festa.

Dirigentes das principais empresas do País subiram ao palco. Cinco receberam o prêmio por categoria analisada: Petrobras (Gestão de Governança Corporativa), Itaú (Gestão de Responsabilidade Social e Meio Ambiente), Serasa (Gestão em Recursos Humanos), Bunge (Gestão de Inovação) e Grendene (Gestão Financeira).