O começo e o fim da carreira de Iggy Pop são evocados em seu 17º álbum, “Post Pop Depression”. Ao mesmo tempo em que retoma a singularidade underground de seus primeiros álbuns solo, como “Lust for Life”, de 1977, produzido por David Bowie, ele apresenta a melancolia de quem sabe que em breve irá parar. Pop disse que esse pode ser seu último trabalho, pois sua “energia está mais limitada agora”. Talvez por isso, algumas faixas tenham cara de sessão de terapia com o criador dos Stoogies refletindo sobre seu lugar no mundo da música. Trata-se disso quando ele repete “I have nothing but my name” (“não tenho nada além do meu nome”) em “American Valhalla”. O disco, daqueles que podem ser ouvidos em uma tacada só, acaba com a visceral “Paraguay”. Para não deixar dúvidas de por que Pop, aos 68, ainda é um ícone. 

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