Há 17 anos, os jovens Dylan Klebold e Eric Harris promoveram um massacre na Columbine High School, nos EUA: mataram 12 alunos, um professor, e por pouco não explodiram a escola inteira. Cercados pela polícia, ambos se suicidaram na biblioteca. Na semana passada, Sue Klebold, mãe de Dylan, quebrou o silêncio de quase duas décadas com o lançamento de seu livro “A Mother’s Reckoning: Living in the Aftermath of the Columbine Tragedy” (“O acertar de contas de uma mãe: vivendo depois da tragédia de Columbine”). Ela segue arrasada sob o peso de duas culpas. A primeira refere-se ao fato de ter considerado “normal” o seu filho, apesar de ele mostrar desde a infância um temperamento irritadiço e de baixa tolerância às frustrações. “É necessário levar filhos assim a um médico”, diz Sue. A segunda culpa é que ela desejou que seu filho morresse quando o massacre estava se desenrolando.